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Reuven Rivlin critica lei que permite localidades reservadas a judeus

O presidente israelita, Reuven Rivlin, criticou hoje um projeto de lei em discussão no Parlamento, apoiado pelo Governo, que considera discriminatório por permitir localidades reservadas aos judeus.

Reuven Rivlin critica lei que permite localidades reservadas a judeus
Notícias ao Minuto

11:50 - 10/07/18 por Lusa

Mundo Presidentes

A declaração de Rivlin integrou as primeiras páginas dos media nacionais dado ser raro que o presidente israelita, que tem um papel protocolar, intervenha no debate político.

O projeto de lei em causa foi aprovado em maio na generalidade, estipulando um dos seus artigos que "o Estado pode autorizar que uma comunidade composta por pessoas da mesma fé e nacionalidade mantenha o seu caráter exclusivo".

Avi Dichter, deputado do Likud, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, autor do projeto de lei, explicou hoje à rádio pública que o texto visa "permitir a uma população sionista viver sem ter ao lado uma população que não está pronta a defender as fronteiras do país".

Dichter referia-se aos cidadãos árabes israelitas, que representam 17,5% da população total, com perto de 80% de judeus.

O presidente Rivlin criticou a lei numa carta aberta, considerando que "poderá prejudicar o povo judeu no mundo e em Israel e poderá mesmo constituir uma arma para os (seus) inimigos".

"Queremos apoiar a discriminação e exclusão de homens e mulheres devido à sua origem étnica?", questiona.

Segundo ele, a lei vai permitir "a uma comunidade estabelecer localidades excluindo judeus sefarditas (descendentes de judeus originários da Península Ibérica), ultraortodoxos, drusos, membros da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros)", questionando: "É esta a visão sionista?".

O procurador-geral Avivhai Mandelblit também exprimiu a sua oposição à lei "na sua formulação atual".

A lei, que Netanyahu espera que seja votada até ao final de julho, tem outro artigo polémico que prevê tornar o hebreu a única língua oficial de Israel, propondo um "estatuto especial" para o árabe.

Como nenhuma lei foi aprovada desde a criação de Israel em 1948, o hebreu e o árabe são considerados idiomas oficiais, utilizados em todos os documentos oficiais.

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