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Larvas de mosca substituem antibióticos no tratamento de feridas crónicas

Um antigo método de tratamento de feridas crónicas, que havia sido descartado com o aparecimento dos antibióticos, está a regressar e já está a ser usado em alguns hospitais nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina.

Larvas de mosca substituem antibióticos no tratamento de feridas crónicas
Notícias ao Minuto

07:00 - 10/07/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Paradoxo da ciência

Trata-se, de acordo com a publicação BBC News que divulgou a história, da terapia larval, também denominada de larvoterapia, que, como o nome sugere, é o uso de larvas, no caso de moscas, para a regeneração de ferimentos que resistem à cicatrização.

Estes seres agem na ferida por meio de quatro mecanismos: removem o tecido necrosado (morto), rompem o biofilme bacteriano (uma comunidade de microrganismos extremamente organizada que interfere no processo de reparação da ulceração), promovem o crescimento de tecido sadio e eliminam bactérias que provocam a infeção.

Apesar de parecer repulsivo para muitos, o tratamento já revelou ser, em casos específicos, mais eficiente do que certos fármacos e cicatrizantes tradicionais.

"Todos os pacientes que usaram a terapia apresentaram uma melhora significativa do processo infeccioso, tiveram as suas feridas 'limpas' com rapidez, e relataram que o odor (mau cheiro) da lesão desapareceu nas primeiras aplicações", garante Julianny Barreto Ferraz, enfermeira presidente da Comissão de Curativos do Hospital Universitário Onofre Lopes, no estado do Rio Grande do Norte, no Brasil onde o procedimento é usado desde 2012.

"Usamos as larvas da mosca da espécie Chrysomya megacephala, encontradas em todo o território brasileiro", acrescenta a especialista.

Terapia antiga, nova abordagem

Contrariamente aos tempos antigos, a terapia larval moderna é feita em condições de extrema assepsia (ausência de micróbios).

As moscas são criadas em laboratório e colocam os ovos sobre o material orgânico. De seguida, as larvas estéreis são aplicadas no interior das feridas, onde permanecem por 24 a 48 horas. Utilizam-se em média 20 daqueles seres por centímetro quadrado.

"A ferida é coberta durante o procedimento e lavada após as larvas serem retiradas", explica a médica. "Dependendo do caso, uma única aplicação é suficiente. Elas alimentam-se somente da parte da lesão cujo tecido está morto, ou seja, que apresenta necrose”.

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