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"Abomino touradas" mas "seria um erro proibi-las"

Miguel Tiago considera que deve ser encontrada uma forma melhor de "pôr fim às touradas". O deputado comunista lembra que muitas pessoas vêem a tourada como uma tradição e que a proposta do PAN não seria a mais justa para resolver esta questão.

"Abomino touradas" mas "seria um erro proibi-las"
Notícias ao Minuto

08:20 - 08/07/18 por Fábio Nunes

Política Miguel Tiago

Miguel Tiago junta a sua opinião à de muitas pessoas que são contra as touradas. Numa publicação publicada no Facebook este sábado, o deputado do PCP não podia ser mais claro. “Abomino touradas, antes de mais. Não gosto da festa nem de praticamente nada que esteja ligado ao mundo tauromáquico em geral. Na verdade, repugna-me, não apenas pelo que fazem aos animais, mas por toda a envolvente e por toda a forma de estar associada”, escreveu.

Admitindo que vê nas touradas “uma clara forma de agressão desnecessária a um animal”, ainda assim Miguel Tiago compreende que existe um outro lado, o das pessoas para quem a tourada é uma tradição e para quem faz parte “integrante da sua cultura”.

“Julgo que seria um erro proibir a tourada por vários motivos. Principalmente por não ser a forma mais eficaz nem a mais justa. Não me parece a mais eficaz porque as manifestações culturais não se decretam e porque iria suscitar uma onda de resistência contra a autoridade do Estado que iria ter de reprimir e prender”, realçou.

“O resultado do agendamento de sexta feira cumpriu assim, na verdade, dois grandes objectivos: dividiu trabalhadores em função de um gosto e de opções quando podiam ter passado o dia unidos a defender a limitação da crueldade dos patrões. Ao mesmo tempo, consolidou a posição dos aficionados que se mobilizaram e vão continuar atentos”, comentou sobre o debate no parlamento.

Em última instância, Miguel Tiago justifica a sua posição afirmando que não quer “mandar a policia carregar sobre pessoas para que pessoas não carreguem sobre um animal”.

“Espero, sinceramente, que encontremos melhores formas de pôr fim à tourada. Que respeitem aqueles que sempre a viram como tradição e que não criminalize populações inteiras”, concluiu a sua publicação.

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