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"Nem o Governo nem o Presidente podem dar ordens às universidades"

Presidente da República diz que é fundamental encontrar um "equilíbrio" entre as reivindicações dos bolseiros e a autonomia das universidades. Apesar de garantir que compreende os protestos, Marcelo sublinha que não cabe nem ao Governo nem ao presidente "dar ordens às universidades".

"Nem o Governo nem o Presidente podem dar ordens às universidades"
Notícias ao Minuto

19:58 - 04/07/18 por Pedro Bastos Reis

País Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa fechou a última sessão dos três dias do encontro Ciência 2018 e, depois de falar diretamente com um dos bolseiros, explicou aos jornalistas que considera fundamental encontrar um equilíbrio entre as reivindicações dos bolseiros e investigadores e a autonomia universitária.

Nesse sentido, o Presidente da República falou em “dois caminhos”, nomeadamente a “persuasão e a procura de meios de meios legais – têm de ser legais – que ultrapassem o grande argumento das universidades, que é a autonomia universitária”.

Em relação à questão da autonomia, Marcelo sublinha que “nem o Governo nem o Presidente da República podem dar ordens às universidades” no que diz respeito à regularização de contratos precários, sendo que “a autonomia universitária tem sido uma garantia de liberdade científica”. “No dia em que se voltar ao que havia na ditadura, que é o Estado poder intervir nas carreiras, em certas situações poder intervir na vida interna das universidades, há um perigo”, alertou Marcelo.

Por isso, defende o Presidente, é necessário encontrar um “equilíbrio”. “Há que encontrar aqui uma forma de equilíbrio entre o que é a consolidação de situações em que é injusto manterem-se duradouramente precárias, e, por outro lado, não atingir uma autonomia universitária que, no dia em que for atingida, significa que estamos num ambiente menos democrático”.

Relativamente aos protestos, inclusive durante a intervenção do ministro da Ciência, Manuel Heitor, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que tal deve-se a uma “preocupação acumulada”, que ganha maior dimensão perante a exposição mediática.

“O senhor ministro tentou, serenamente, explicar os seus pontos de vista e esta forma de intervenção corresponde a uma preocupação acumulada ao longo do tempo por muitas pessoas”, rematou.

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