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Migrações. Após uma longa noite, líderes europeus chegaram a acordo

Depois de cerca de dez horas de conversações os 28 países terão chegado a um consenso.

Migrações. Após uma longa noite, líderes europeus chegaram a acordo

Os líderes da União Europeia terão chegado a acordo sobre a política migratória a seguir e projeto de acolhimento a criar no território europeu. O consenso surgiu  após o Conselho Europeu que os reuniu em Bruxelas, com conversações que duraram aproximadamente dez horas, levando praticamente toda a noite.

O documento libertado já durante a madrugada dá de conta que o objetivo principal é mesmo "impedir os fluxos migratórios descontrolados de 2015" e que para isso é necessário travar a migração ilegal.

A criação de plataformas de desembarque regionais de migrantes e de centros controlados nos Estados-membros, bem como o reforço do controlo das fronteiras externas são os pontos principais do acordo.

Terão sido assim ultrapassados os diferendos com o governo italiano - um dos principais pontos de entrada para milhares de migrantes -  que ameaçava um veto às decisões do grupo caso não recebesse a ajuda necessária na matéria. Mas Giuseppe Conte, o primeiro-ministro italiano, já fez saber, satisfeito, depois da cimeira que "a Itália já não se encontra sozinha".

No texto, segundo cita a BBC, os líderes referem que, com o objetivo de processar os migrantes e diferenciando quem serão os verdadeiros refugiados e quem serão os "migrantes irregulares que serão enviados de volta", novos centros de migração serão montados nos países europeus de forma "voluntária". No entanto, não se sabe que países se terão voluntariado para acolher estes centros.

Tendo em conta os recentes acontecimentos relacionados com o navio da organização não-governamental alemã Lifeline, os líderes europeus sublinham ainda no acordo que todos os navios que operam no Mediterrâneo "devem respeitar as leis aplicáveis e não obstruir as operações da guarda costeira da Líbia".

Recorde-se que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita referiu esta quinta-feira que Portugal vai receber alguns dos 233 requerentes de asilo resgatados no Mediterrâneo, não revelando no entanto quantos serão. Uma equipa do SEF deverá viajar nos próximos dias para Malta para "tratar dos procedimentos necessários" para se definir quantos migrantes irá Portugal acolher".

A chanceler alemã, frise-se ainda, necessitava de um acordo para lidar com quem pede asilo ao país de forma a evitar uma crise política que poderia afetar gravemente o seu governo. Não resulta claro se as medidas serão suficientes, mas reconheceu que a União Europeia "tem muito trabalho para fazer para abarcar os diferentes pontos de vista".

Os 28 líderes acordaram também em fortalecer os controlos fronteiriços e em reforçar o financiamento para a Turquia e para os países no Norte de África.

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