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Sente-se uma fraude? Ciência explica que o síndrome do impostor é real...

Já sentiu que não pertence? Como se os seus amigos ou colegas fossem descobrir a qualquer momento que é uma fraude, e que não merece de modo algum a carreira que tem ou as conquistas que alcançou?

Sente-se uma fraude? Ciência explica que o síndrome do impostor é real...
Notícias ao Minuto

20:40 - 21/06/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Jogo

Se respondeu que sim, então está em boa companhia. Esses sentimentos são comummente conhecidos por aquilo que os profissionais da saúde mental chamam de síndrome ou fenómeno do impostor.

Estima-se que 70% dos indivíduos venham a experienciar esses sentimentos durante algum momento das suas vidas, de acordo com a informação recentemente divulgada num artigo científico publicado no periódico internacional Behavioral Science. Síndrome este que afeta todo o tipo de pessoas, incluindo: homens, mulheres, licenciados, trabalhadores manuais, atores, executivos ou médicos.

O síndrome do impostor – a ideia de que é bem sucedido na vida devido unicamente a sorte, e não por ter talento ou quaisquer qualificações – foi inicialmente identificado em 1978, pelas psicólogas Pauline Rose Clance e Suzanne Imes. No artigo que publicaram na época, teorizaram que as mulheres seriam o único sexo afetado por este transtorno.

Porém, e desde essa altura, várias pesquisas já demonstraram que tanto os homens como as mulheres podem experienciar o síndrome do impostor.

Hoje em dia o síndrome é aplicado a qualquer pessoa “que seja incapaz de internalizar e reconhecer o seu sucesso e conquistas”, explica a psicóloga Audrey Ervin.

Todavia, a comunidade médica ainda não identificou exatamente o porquê dos indivíduos desenvolverem estes sentimentos de insegurança. Alguns especialistas acreditam que tem a ver com os traços de personalidade de cada um – como os níveis de ansiedade ou de neuroticismo – enquanto que outros se focam em causas familiares ou de comportamento, refere Ervin.

Por vezes, memórias de infância, tais como sentir que as notas da escola nunca eram suficientemente boas para os pais ou que os irmãos os superavam em certas áreas, podem deixar um impacto duradouro no inconsciente e na mente da pessoa. “Frequentemente, os individuos internalizam essas ideias: de que para serem amados precisam de atingir certas metas e objetivos”, diz Ervin. “Tal torna-se um ciclo vicioso”.

A psicóloga salienta ainda que fatores externos, tais como o ambiente e estatuto social ou a chamada discriminação institucionalizada, podem também ter um papel chave na estimulação desses sentimentos de fraude.

Para a psicóloga ultrapassar estas sensações de inferioridade pode ser algo complexo e que exige tempo, mas aconselha a que os afetados reformulem os seus sentimentos. Ervin tenta lembrar os seus pacientes de que a única diferença entre alguém que experiência o fenómeno do impostor e alguém que não, está no modo como reagem aos desafios que lhes são apresentados. “Os indivíduos que não se sentem uma fraude ou impostores não são de todo mais inteligentes, competentes ou capazes. São apenas mais seguros, tolerantes e generosos consigo próprios – incluindo com as suas qualidades e defeitos”, alerta.

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