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O vício por videojogos é um problema de saúde mental? A OMS diz que sim

Se o problema até então não era levado a sério, a Organização Mundial de Saúde alerta para o mesmo, ao reconhecê-lo oficialmente.

O vício por videojogos é um problema de saúde mental? A OMS diz que sim
Notícias ao Minuto

10:00 - 19/06/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Distúrbios

Em 2013, a Associação Americana de Psiquiatria incluiu o problema dos jogos online na sua lista de problemas mentais e comportamentais. Anos depois, em dezembro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta pela primeira vez o vício por videojogos como um distúrbio mental classificado pela Classificação Internacional de Doenças, mas a proposta não foi aprovada pela grande percentagem de profissionais de saúde que discordaram com a sugestão.

Ainda assim, a OMS avançou com nova proposta e, a 18 de junho, reconhece oficialmente tal vício como distúrbio mental.

A divergência de opiniões deve-se à diferente natureza que tal problema tem face a outros mais comuns como o vício de drogas ou tabaco, mas tais comportamentos são cada vez mais reconhecidos nos dias de hoje em que passar horas isolado a jogar online é motivo de alerta.

Em aspetos como relações interpessoais em risco, condições físicas em stress e vidas arruinadas, as consequências do vício em ‘World of Warcraft’ não é muito diferente do de cocaína, aponta o psiquiatra Petros Levounis ao New York Times.

É este profissional que explica que um vício não tem de envolver drogas: “Um vício é uma doença crónica de recompensa, motivação, memória e circuitos relacionados a nível cerebral”, explica. Qualquer substância ou atividade que liberte no cérebro as hormonas que desencadeiam prazer, pode-se tornar num vício quando atinge o ponto em que o indivíduo deixa de racionalizar objetivamente e prefere o consumo do que o vicia a qualquer outra atividade saudável e social.

Por parte de quem não concorda que os videojogos sejam apontados como vício, o argumento não se prende com a falta de consequências negativas, que se sabe existir, mas sim no uso generalizado do termo ‘vício’ além do receio para com as alternativas que os jovens possam procurar quando os jogos lhe são proibidos, aponta o Popular Science.

A esclarecer esta errada ideia, os psicólogos citados pela publicação explicam que a diversão faz parte e que não há mal em experimentar pontualmente videojogos. Tudo depende da intensidade, duração, frequência e contexto em que se joga, assim como a prioridade a que lhe é dada. A chave para se perceber que existe um problema advém então da continuidade e insistência nesta prática, mesmo após o indivíduo se aperceber das consequências que a mesma acarreta.

Se se aperceber que o seu filho ou alguém conhecido pode sofrer deste distúrbio mental, procure alternativas àquela dopamina como exercício físico ou outra atividade que o distraia. Mesmo que a falta de videojogos deixe o indivíduo irritado, o mesmo não tem consequências a nível do organismo, sendo mais fácil largar o vício. Conversar com um psicólogo poderá também ser benéfico, no caso de achar que sozinho não consegue compreender o porquê de ter de romper com a prática de jogar.

Quanto a tratamentos médicos mais específicos, por ser um problema muito recente, ainda não existe uma solução certa a apontar, devendo os especialistas se preparar para o momento em que o vício por videojogos faça parte da atualizada lista de classificação de doenças, que chegará daqui a quatro anos.

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