Criticada, Microsoft está "angustiada" com crianças afastadas dos pais
A tecnológica de Redmond tentou apagar parte do comunicado onde se congratulava por a sua plataforma de cloud Azure ser utilizada pelos serviços de imigração dos EUA.
© Reuters
Tech Estados Unidos
A agência de Imigração e Alfândega dos EUA tem estado debaixo de fogo pela forma como tem aplicado a política de ‘tolerância zero’ para como imigrantes que atravessem sem autorização a fronteira do país. A separação de pais e filhos tem sido especialmente criticada e, no meio desta ‘tempestade’ a Microsoft deixou-se apanhar pela associação à agência governamental.
Tudo começa com uma publicação de blogue feita pela Microsoft em janeiro. Nesta publicação, a empresa congratulava-se por a sua plataforma de cloud Azure ser utilizada pelos serviços de Imigração e Alfândega dos EUA. Porém, conta o The Verge que assim que rebentou a polémica foi notado que esta parte do comunicado foi apagada e, mesmo que a Microsoft tenha apontado o sucedido como um erro de um colaborador, o mal estava feito e nem a reposição do excerto foi suficiente.
O caso fez com que a Microsoft viesse a público afirmar-se “angustiada” pela separação de pais e filhos na fronteira entre os EUA e México, negando estar a trabalhar com os serviços de fronteira e imigração do país para este fim.
“Enquanto empresa, a Microsoft está angustiada pela separação forçada de crianças das suas famílias na fronteira. A unificação da família tem sido um princípio fundamental da lei e da política americana desde o final da Segunda Guerra Mundial. Enquanto empresa, a Microsoft trabalhou or mais de 20 anos para combinar tecnologia com a lei para garantir que as crianças que sejam refugiadas e imigrantes podem permanecer com os seus pais. Temos de continuar a edificar esta nobre tradição em ver de mudar de curso agora. Apelamos à administração que mude esta política e que o Congresso passe legislação para garantir que as crianças não são mais separadas das suas famílias”, pode ler-se no comunicado.
A Microsoft não é a única empresa tecnológica a reagir à polémica. A Airbnb também veio a público criticar as medidas dos serviços de Imigração e Alfândega dos EUA e categorizou o ato de separar pais de filhos como “sem coração, cruel e imoral”.
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