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Novo Banco prepara roteiro de pinturas cedidas a museus de todo o país

O espólio artístico do Novo Banco deverá estar totalmente distribuído por museus de todo o país nos próximos dois anos, afirmou hoje o presidente da instituição, que pretende, numa segunda fase, criar um roteiro de arte.

Novo Banco prepara roteiro de pinturas cedidas a museus de todo o país
Notícias ao Minuto

19:17 - 17/06/18 por Lusa

Cultura Espólio artístico

"As 97 obras vão ser disponibilizadas a museus nacionais e regionais desde Tavira até Caminha", divulgou António Ramalho, anunciando a intenção de, "numa segunda fase, criar um roteiro destas obras".

A coleção do Novo Banco tem quadros que, isoladamente, "têm muito valor", mas está a ser estabelecida uma unidade entre eles, pela sua "fruição generalizada", através da cedência das obras aos museus, disse o responsável à Lusa.

O anúncio foi feito à margem da assinatura de um protocolo entre o Novo Banco e a Direção Regional de Cultura do Centro para a cedência ao Museu José Malhoa de duas obras do pintor José Malhoa (1855-1933).

As obras, cedidas em regime de depósito de longa duração, são "Ao cair da Tarde", um óleo sobre tela de 1881, e "Um colecionador", óleo sobre cartão de 1888, e ficarão em exposição permanente no Museu José Malhoa.

"A cedência é por cinco anos renováveis, mas o nosso objetivo é que o protocolo seja tão eterno como o banco", disse José Ramalho à Lusa.

O diretor do Museu Malhoa, Carlos Coutinho, sublinhou a importância das duas obras, que "abarcam o período das oito grandes exposições do Grupo do Leão" e mostram "a versatilidade temática do autor em termos de pintura naturalista.

O museu, o primeiro do país construído de raiz para esse efeito, tem um acervo de cerca de 150 obras de Malhoa, grande parte das quais doadas pelo pintor, dado "ter sido construído ainda em vida do próprio", acrescentou.

A cedência das obras -- que, segundo o diretor, "acrescentam muito valor ao espólio" - foi assinada precisamente no dia em que se completam 85 anos sobre a assinatura do despacho ministerial que confirmou um parecer favorável do Conselho Superior de Belas Artes, autorizando a criação do Museu José Malhoa, inaugurado em 28 de abril de 1934.

O protocolo insere-se no âmbito do projeto NB Cultura, criado com o compromisso de disponibilizar ao público o património cultural e artístico do Novo Banco, através de parcerias com entidades públicas e privadas, como universidades e museus, de âmbito nacional e regional.

A cedência das obras ao Museu Malhoa é a quinta protocolada pelo banco, que em janeiro assinou o primeiro acordo, com o Museu Nacional dos Coches, para cedência da pintura a óleo sobre tela "Entrada pública em Lisboa do Núncio Apostólico Monsenhor Giorgio Cornaro", realizada em finais do século XVII.

Posteriormente, foi assinada com a Câmara Municipal da Guarda a cedência de obras dos artistas João Hogan, Nikias Skapinakis, José de Guimarães, Júlio Resende e Luís Pinto Coelho, que ficarão em exposição permanente no Museu da Guarda.

Em abril, o Novo Banco assinou, em Castelo Branco, com o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, outro protocolo para a cedência de uma pintura do século XVII, atribuída a Jan Fyt, pintor flamengo de naturezas mortas.

No passado dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, foi também firmado um protocolo com o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), para a cedência do retrato da Condessa de Verdun, Anne Catherine Le Preudhomme, pintado por Elisabeth Louise Vigée Le Brun, uma das mais importantes pintoras francesas da segunda metade do século XVIII.

Este retrato, nunca antes exposto, ficou integrado na exposição permanente do MNAA.

Em fevereiro, O secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, disse à Lusa que a coleção de fotografia do Novo Banco deverá ficar instalada no Convento São Francisco, em Coimbra.

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