Rússia apela "à suspensão" de combates no Iémen para proteger os civis
A Rússia apelou hoje "à suspensão, o mais rapidamente possível", dos combates no Iémen, onde as forças pró-governamentais lançaram na quarta-feira uma ofensiva contra o porto estratégico de Hodeida, controlado pelos rebeldes.
© iStock
Mundo Conflito
"Esta evolução dos acontecimentos é particularmente preocupante", nomeadamente devido aos riscos para a população civil, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
"Se os combates naquela zona causarem a interrupção da ajuda alimentar, os civis iemenitas, que já enfrentam numerosas privações, podem ficar à beira da morte", advertiu.
A diplomacia russa considera ainda que "o golpe mais duro será para as perspetivas de uma solução política para a crise do Iémen", e apela assim "à suspensão o mais rapidamente possível das hostilidades (...) para dar uma oportunidade às iniciativas da comunidade internacional para a paz".
Moscovo insiste que não existem alternativas a uma solução política para o conflito no Iémen, no mesmo dia em que o Presidente russo, Vladimir Putin, recebe o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, à margem do Mundial de Futebol, cujo jogo de abertura é disputado entre as equipas dos dois países.
A Arábia Saudita dirige a coligação internacional que apoia desde 2015 as forças do Presidente iemenita, Abd Rabbo Mansour Hadi, reconhecido internacionalmente, face aos rebeldes xiitas Huthis que controlam vastas regiões do país, incluindo a capital Sanaa.
Cerca de 600.000 pessoas vivem em Hodeida, porto estratégico no Mar Vermelho através do qual a maioria da população do Iémen recebe alimentos e medicamentos.
Segundo os rebeldes, ataques aéreos da coligação militar sob comando saudita visaram hoje as posições suas nos arredores de Hodeida.
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com