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Papa pede fim do "muro de cumplicidade" que agrava situação dos migrantes

O papa Francisco exortou hoje a comunidade internacional a ter a "coragem de destruir o muro da cumplicidade confortável e muda que agrava a situação de desamparo" dos migrantes para dar uma resposta concreta e digna ao desafio humanitário.

Papa pede fim do "muro de cumplicidade" que agrava situação dos migrantes
Notícias ao Minuto

09:42 - 14/06/18 por Lusa

Mundo Migrações

O pedido foi feito numa mensagem enviada pelo papa Francisco aos participantes do II Colóquio da Sé -- México sobre a migração internacional, que se celebra no Vaticano e promovida pela Secretaria de Relações com os Estados e a embaixada do México na Santa Sé.

"Todos eles esperam que tenhamos a bravura para destruir o muro dessa cumplicidade cómoda e muda que agrava a sua situação de desamparo e que coloquemos neles a nossa atenção, a nossa compaixão e dedicação", disse.

A mensagem foi lida na abertura do evento pelo secretário das Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher.

O papa Francisco afirmou que "para fazer frente e dar resposta ao fenómeno da migração atual, é necessária a ajuda de toda a comunidade internacional".

"Esta cooperação internacional é importante em todas as etapas da migração, desde o país de origem até ao destino", disse.

"Em cada um destes passos, o migrante é vulnerável, sente-se só. Tomar consciência disto é de uma importância capital se se quer dar uma resposta concreta e digna a este desafio humanitário", assinalou.

O papa considerou também ser necessário que "a responsabilidade da gestão global e a partilha da migração internacional encontre o seu ponto de força nos valores da justiça, solidariedade e compaixão".

Para o papa Francisco, é preciso "mudar mentalidades: passar de considerar o outro como uma ameaça à nossa comodidade e valorizá-lo como alguém que com a sua experiência de vida e os seus valores pode ajudar a contribuir para a riqueza da nossa sociedade".

Francisco alertou ainda para a importância de tratar os imigrantes e refugiados não como meros números, mas como pessoas que têm direito a gozar de uma proteção contínua.

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