As senhoras da limpeza? Não. Pessoal de limpeza, diz o 'guia' de Bruxelas
Bruxelas recomenda que alguns termos relacionados com a comunicação sejam substituídos por outros mais inclusivos.
© Reuters
Economia Comunicação
A União Europeia (UE) tem um novo guia de comunicação, em língua portuguesa, que visa uma “linguagem inclusiva”, que “evita os estereótipos e as referências irrelevantes a particularidades dos indivíduos”.
Entre as alterações propostas por Bruxelas estão, por exemplo, que se chame ‘pessoal de limpeza’ em vez de ‘senhoras da limpeza’, bem como ‘classe política’ em vez de ‘os políticos’. Mas há mais: ‘o mundo dos negócios’ em vez de ‘homens de negócios’ ou ‘o pessoal docente’ em vez de ‘os professores’, de acordo com o guia.
Isto, porque a “comunicação é um instrumento poderoso. Trata-se de um meio que serve para moldar as nossas atitudes, perceções e comportamentos e que reflete o mundo no qual aspiramos viver e trabalhar. As palavras e as imagens não são portanto anódinas, já que a comunicação pode tornar-se discriminatória se não tivermos em conta os pressupostos que influenciam a linguagem e os conteúdos visuais que escolhemos”, pode ler-se no guia.
Mas há mais. Para uma linguagem “isenta de preconceitos”, deve denominar-se ‘pessoa com deficiência’ em vez de ‘deficientes’ e em vez de marido ou mulher, a UE sugere que se utilize os termos "parceiro/parceira" ou "cônjuge" porque “são mais inclusivos”.
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