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Vítimas da superstição. Hoje é dia de falar de albinismo (e é urgente)

Esta quarta-feira, 13 de junho, assinala-se o Dia Internacional para a Consciencialização do Albinismo.

Vítimas da superstição. Hoje é dia de falar de albinismo (e é urgente)

Esta quarta-feira, dia 13 de junho, assinala-se o Dia Internacional para a Consciencialização do Albinismo, uma condição que continua a ser desconhecida para muitas pessoas e rodeada de estereótipos e discriminação um pouco por todo o mundo.

O albinismo resulta de uma anomalia genética. A sua ocorrência pelo mundo é variável, sendo que, tem especial incidência na África Oriental, onde se estima que um em cada 1.400 habitantes seja portador de albinismo.

Dadas as suas diferenças, bastante visíveis, na cor de pele, cabelo e até olhos, as pessoas com albinismo são constantemente vítimas de discriminação, apoiada em superstições de populações, geralmente, mal informadas.

Aliás, tal como o Notícias ao Minuto já revelou, num trabalho sobre as pessoas que sofrem desta doença, os albinos são alvo das mais violentas atrocidades como práticas de feitiçaria, mutilações e até assassinatos.

De acordo com  o que reforça agora um comunicado enviado pela Kanimambo – Associação de Apoio ao Albinismo (KNMB) ao Notícias ao Minuto, mesmo que não sejam vítimas de crimes, os albinos encaram problemas que o mais comum dos mortais não tem de enfrentar. Sofrem de baixa autoestima por serem diferentes, têm dificuldades em aprender por terem uma perturbação na visão, são rejeitados na procura de trabalho e, quando expostos ao sol, ficam com queimaduras graves na pele que se não forem tratadas podem originar cancros. Aliás, o cancro da pele é a principal causa de morte das pessoas com albinismo.

Estatísticas de vários países africanos revelam que uma pessoa com albinismo morre devido ao cancro de pele entre os 30 e os 40 anos. Menos de 10% das pessoas com albinismo vive mais de 30 anos e apenas 2% vive até aos 40 anos.

Kanimambo sensibiliza população

A Kanimambo – Associação de Apoio ao Albinismo (KNMB) é uma ONGD portuguesa que desenvolve um programa de ajuda especialmente dedicado às crianças de Moçambique.

A KNMB envia, a partir de Maputo, Inharrime, Gorongosa e Nampula, protetores solares, cicatrizantes, óculos, roupas e chapéus-de-sol, angariados durante campanhas que decorrem regularmente. Esta ação permite acompanhar, de forma sistemática e contínua, quase 200 pessoas que sofrem de albinismo.

Em 2017, a associação enviou para Moçambique equipas médicas portuguesas, com especial incidência na oftalmologia e neuro-oftalmologia. Já em 2018, realizou a primeira missão educacional, com enfoque na formação de agentes de sensibilização.

No âmbito das comemorações do Dia Internacional para a Consciencialização do Albinismo, no dia 13 de Junho, em Maputo, terá lugar uma palestra dedicada ao tema do albinismo, seguida da inauguração de uma Exposição Fotográfica dedicada a este tema.

Com esta mostra fotográfica, a KNMB pretende divulgar o trabalho da Associação, revelando a sua génese e o caminho traçado com o apoio de voluntários e empresas amigas para ajudar a proteger as pessoas com albinismo.

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