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Eutanásia vs cuidados paliativos? “Uma coisa não exclui a outra”

"A morte não é a coisa mais terrível, mais terrível é ser obrigada a viver indignamente", defende Isabel Moreira.

Eutanásia vs cuidados paliativos?  “Uma coisa não exclui a outra”
Notícias ao Minuto

08:38 - 25/05/18 por Melissa Lopes

Política Debate

O debate em torno da eutanásia tem-se intensificado nos últimos dias, à medida que se aproxima o dia 29, dia da votação no Parlamento dos quatro projetos de lei a favor da despenalização da autoria do PS, BE, PAN e PEV.

CDS e PCP, já se sabe, vão votar contra, tendo o PSD dado liberdade de voto nesta matéria. Um dos argumentos usados por quem se posiciona contra estes projetos de lei é o de que o Estado deve apostar, em vez de despenalizar a eutanásia, nos cuidados paliativos para aqueles que estão em fim de vida.

Para a deputada do PS Isabel Moreira, é preciso esclarecer que uma coisa (a eutanásia) não exclui a outra (os cuidados paliativos). “São complementares”, frisa, numa publicação na sua página de Facebook. 

“Todas e todos defendemos os cuidados paliativos. Mas eles não dão resposta às necessidades de todas as pessoas com doença crónica ou terminal”, refere, contudo, citando de seguida Hannah Arendt: “A morte não é a coisa mais terrível, mais terrível é ser obrigada a viver indignamente”.

Destacando a necessidade de “todos os dias termos de recentrar o debate”, a socialista argumenta que o que está em causa é defender a despenalização da eutanásia nas seguintes circunstâncias.

Perante um “pedido sério, livre e esclarecido de um/uma doente, em situação de sofrimento extremo, com lesão definitiva ou doença incurável e fatal, quando praticada ou ajudada por profissionais de saúde, sendo que o pedido subjacente a esta decisão (que pode ser livremente revogado a qualquer momento) obedece a procedimento clínico e legal, correspondendo a uma vontade atual, séria, livre e esclarecida”.

O PCP já fez saber que irá votar contra, considerando que a sua aprovação seria um "retrocesso civilizacional", e, segundo Fernando Negrão, a maioria dos deputados do PSD irá igualmente votar contra. Confrontado com o sentido de voto destes partidos, o PS, afirmou que é "prematuro" antecipar chumbo de diplomas

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