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Efacec não se revê nas acusações sobre processo de despedimento

A Efacec considerou hoje não existirem fundamentos para a convocação da greve parcial de duas horas por turno, em protesto contra o despedimento coletivo em curso, e afirma que não se revê nas acusações feitas.

Efacec não se revê nas acusações sobre processo de despedimento
Notícias ao Minuto

14:35 - 23/05/18 por Lusa

Economia Empresas

A empresa garante que "o ajustamento na área de Transformadores de Potência foi conduzido com base em critérios objetivos, rigorosos e imparciais, procurando minimizar o número de trabalhadores dispensados".

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, defendeu ao início da manhã de hoje, numa concentração dos trabalhadores em greve, junto à empresa, em Leça do Balio, Matosinhos, que o Governo "não pode permitir o despedimento coletivo de 21 trabalhadores" anunciado pela Efacec, "sem exigir que a empresa apresente fundamentação" para tal.

"Na nossa opinião, a Efacec não precisa de fazer isto, a Efacec está claramente a fazer uma limpeza organizada de trabalhadores. Estamos perante um despedimento coletivo absurdo, para não dizer sem qualquer fundamento", afirmou.

Segundo Arménio Carlos, "não há nenhuma razão, a não ser aquela que está subjacente ao despedimento coletivo de 21 trabalhadores, que é a tentativa de decapitar a organização sindical e a Comissão de Trabalhadores".

Os trabalhadores dizem temer pela segurança dos postos de trabalho e, por isso, decidiram paralisar hoje entre as 09:00 e as 11:00 e entre as 17:00 e as 19:00 e suspender as negociações salariais que estavam a decorrer, assumindo o risco de poderem não ter qualquer aumento salarial.

Em comunicado enviado à Lusa, a administração da Efacec explica que os trabalhadores que integram as organizações representativas dos trabalhadores (ORT) e que face à aplicação de critérios objetivos foram incluídos neste processo de ajustamento, tiveram a possibilidade de explorar as mesmas alternativas de mobilidade interna ou para outra empresa do Grupo que os restantes trabalhadores.

"A sua indicação resultou estritamente da aplicação de critérios legais objetivos. Não houve, e não haverá, tratamentos desiguais ou preferenciais, para quem quer que seja", sublinha.

No entanto, refere a empresa, "houve quem não assumisse uma atitude de intransigência negocial, neste processo. Na verdade, houve um representante dos trabalhadores que aceitou conversar com a Efacec Energia, tendo sido possível encontrar uma solução de preservação da sua relação contratual na Efacec Energia".

A empresa afirma que "é falso a existência de qualquer lista complementar de dispensa de trabalhadores. Tal como já afirmado anteriormente, o ajustamento numa das empresas do Grupo Efacec, que tem a área de Transformadores de Potência, é uma situação muito concreta, devidamente delimitada, sem qualquer impacto em qualquer outra unidade organizacional do Grupo Efacec".

A administração refuta "completamente a acusação de indisponibilidade para negociar o caderno reivindicativo, referindo que "sempre demonstrou, e continua a demonstrar, interesse e vontade em negociar o caderno reivindicativo".

No entanto, a empresa manifesta-se indisponível para suspender o processo de ajustamento em curso na área dos Transformadores de Potência, como pretendido pelas ORT, para continuar as negociações já iniciadas.

"Este ajustamento é irreversível pois é essencial para a sustentabilidade futura desta área de negócio", frisa.

No comunicado, a administração considera que "se há alguém que bloqueou o diálogo social na Efacec foram as ORT, aparentemente pressionadas por um pequeno grupo dominante das mesmas".

A Efacec diz que está a aguardar que se retomem as conversações para "atualizar salários e discutir outras importantes medidas de gestão em articulação com as ORT. Caso o bloqueio promovido se mantenha, a administração ponderará que decisão tomar".

Manifesta a sua total disponibilidade para "retomar as negociações do caderno reivindicativo, numa postura de abertura e diálogo".

A empresa explica que em março, a Efacec Energia iniciou um processo de ajustamento na área de Transformadores de Potência -- onde se registou uma quebra de encomendas de 33% e uma redução de 125% nos resultados operacionais entre 2013 e 2017 -- e que envolveu 49 trabalhadores.

A Efacec Energia chegou a um acordo com 28 trabalhadores que aceitaram as condições propostas pela empresa e que envolviam soluções de mobilidade e rescisões por mútuo acordo -- 11 aceitaram novas funções no âmbito da mobilidade interna ou para outra empresa do Grupo com maior nível de empregabilidade e 17 optaram pelo plano social de rescisão proposto.

"Os restantes 21 trabalhadores não aceitaram as propostas da empresa, alguns deles recusando-se inclusive a conhecer essas propostas. Perante esta situação e esgotadas todas as alternativas consensuais possíveis, a empresa não tem outra alternativa que não seja cumprir o que determina a lei, esgotados todos os esforços negociais", afirma a empresa.

A Efacec tem em curso o programa "700 Recruta Mais", que visa recrutar, até 2020, 700 profissionais relacionados com as novas tendências dos setores onde atua, como a mobilidade elétrica e automação, unidades de negócio da Efacec em crescimento.

"São, por isso, funções muito técnicas e de especialidade. Nos primeiros quatro meses de 2018, o Grupo Efacec já recrutou cerca de 100 colaboradores", acrescenta.

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