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Obesidade só pode ser travada com "ação concertada"

A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) defendeu hoje que só uma "ação concertada" com profissionais de várias especialidades e medicamentos comparticipados pode travar o "grave problema" da obesidade, que afeta 22,3% da população.

Obesidade só pode ser travada com "ação concertada"
Notícias ao Minuto

12:15 - 16/05/18 por Lusa

Lifestyle Guerra

"Só com uma ação concertada com vários profissionais de saúde é que vamos conseguir tratar este grave problema", que "já é tão transversal, desde a infância, à idade adulta e aos idosos, que temos que ter medidas para atacar todas essas frentes", disse a presidente da SPEO, Paula Freitas, à agência Lusa.

Nos últimos anos, tem vindo a aumentar a prevalência da obesidade, que atinge neste momento 22,3% da população adulta portuguesa. Há ainda 34,8% com pré-obesidade, salientou a endocrinologista, que falava à Lusa a propósito do Dia Nacional e Europeu da Obesidade, que se assinala no sábado.

"Algo tem que ser feito para travar esta progressão", defendeu, apontando algumas medidas como a comparticipação dos medicamentos para a obesidade, como acontece para outras doenças crónicas como a diabetes ou a hipertensão arterial.

"Portugal foi um dos primeiros países a considerar a obesidade como doença. No entanto, até hoje nenhum fármaco para o tratamento da obesidade foi comparticipado", lamentou.

Tendo em conta que a obesidade é "muito mais prevalente" nas classes mais desfavorecidas, o problema agrava-se. Estas pessoas "não têm acesso aos medicamentos", porque não os podem comprar. Mas "daqui a uns anos, o Serviço Nacional da Saúde vai pagar o tratamento das doenças e de todas as comorbilidades associadas à obesidade", que podiam ser evitadas se a doença fosse tratada na fase inicial.

"Temos que pôr a obesidade no centro e tratá-la de uma forma agressiva a partir do centro e não andar a tratar todas as doenças que estão à volta", disse, defendendo que é preciso dotar os cuidados de saúde primários com as ferramentas necessárias para o fazer.

Para Paula Freitas, a obesidade só consegue ser tratada com o "auxílio dos médicos de várias especialidades", com nutricionistas, e fisiologistas. Contudo, os médicos de família "são imprescindíveis, porque são eles que têm toda a população".

Os médicos de família devem sinalizar a pessoa, ajudá-la, orientá-la e referenciar os casos mais graves para os cuidados hospitalares. O "mais importante" é identificar o problema que está por trás da obesidade e dar a solução adequada a cada pessoa".

"É importante travar a obesidade para que as complicações associadas não venham a surgir a longo prazo", mas também para reduzir custos na saúde.

Esta doença está associada a custos no seu tratamento, nas consultas, mas o que "custa muito mais ao erário público" é tratar as suas complicações. "Quanto é que custa tratar o AVC, um enfarte do miocárdio, um cancro? Seguramente custa muito mais do que se se tratasse o problema muito mais cedo ou até se o preveníssemos", frisou.

Apesar de Portugal já ter "algumas armas terapêuticas", são precisas mais porque a obesidade é uma doença complexa e multifatorial.

Para a combater, são necessárias medidas de prevenção primária dirigidas a toda a população, educação para a saúde e medidas de prevenção secundária para os indivíduos que estão em risco, impedindo que evoluam para formas de obesidade mórbida, e para os que já têm a doença em formas mais graves proporcionar-lhes os tratamentos adequados, rematou.

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