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Sabe o que é a autofagia? (É assim que vai emagrecer e viver mais)

Trata-se de um processo científico pouco conhecido que está a ser apresentado como a nova forma revolucionária de perder peso, de retardar o envelhecimento e de prolongar a vida.

Sabe o que é a autofagia? (É assim que vai emagrecer e viver mais)
Notícias ao Minuto

20:06 - 12/05/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Avanço científico

A autofagia é um processo de regeneração natural que ocorre nas células do corpo, reduzindo a probabilidade do aparecimento de algumas doenças, além de aumentar a longevidade.

Em 2016, o cientista japonês Yoshinori Ohsumi venceu o Prémio Nobel de Medicina pelas pesquisas que conduziu e pelos dados que apurou sobre a autofagia. Dados esses que levaram a uma melhor compreensão de patologias como o Parkinson e a demência.

Desde então, inúmeras companhias farmacêuticas e cientistas têm procurado desenvolver fármacos que estimulem o processo.

Mas o que é autofagia?

- A palavra autofagia vem do grego e significa "comer a si mesmo";

- É o processo pelo qual as células degradam e reciclam os seus componentes

- Fornece combustível para a queima de energia e os componentes essenciais para a renovação celular;

- Após uma infecção, a autofagia pode destruir bactérias e vírus nocivos;

- As células usam a autofagia para se livrarem de proteínas e de organelas danificadas, neutralizando assim os efeitos negativos do envelhecimento no corpo. As organelas são as estruturas existentes no interior das células que produzem as características vitais associadas a cada uma destas.

O que a ciência diz?

"Certamente que os dados obtidos através de experiências realizadas em roedores sugerem que esse seria o caso", disse David Rubinsztein, professor de neurogenética molecular da Universidade de Cambridge e do UK Dementia Research Institute.

"Há estudos em que se tem ativado o processo através de ferramentas genéticas, de medicamentos ou da prática de jejum, e nesses casos os animais tendem a viver mais tempo e a estar em melhor forma”, acrescentou.

O professor disse que ainda não está claro, no entanto, como isso se traduz nos humanos.

"Por exemplo, nos roedores, são evidentes os efeitos do jejum no cérebro em apenas 24 horas, e em algumas áreas dos seus pequenos corpos, como o fígado. Mesmo sabendo que o jejum é benéfico, não sabemos exatamente, porém, quanto tempo os humanos precisariam de jejuar para ver os benefícios ", afirmou Rubinsztein.

Ele acrescentou que o jejum estimula a autofagia e que seus benefícios também foram comprovados por outros estudos.

A autofagia foi descoberta pela primeira vez na década de 1960, mas sua importância só foi reconhecida após a pesquisa de Yoshinori Ohsumi nos anos 90.

"O que descobrimos é que ela protege contra doenças como Parkinson, Huntington e de ertas formas de demência", disse Rubinsztein.

"Também parece ser benéfica no controle de infecções, bem como na proteção contra inflamação excessiva".

Na prática

Um novo livro, Glow 15 de Naomi Whittel - que se auto proclama como uma 'exploradora de bem-estar' - estabelece um programa de 15 dias que inclui 16 horas de jejuns três vezes por semana, redução do consumo de proteína, ingestão de hidratos de carbono no final do dia e períodos de exercício de alta intensidade.

Em testes básicos do programa em voluntários da Universidade de Jacksonville, na Florida, ela afirma ter verificado diversos benefícios.

"Algumas pessoas perderam peso, até três quilos em 15 dias. Outros experienciaram alterações na pressão arterial e melhorias na massa muscular magra", garantiu. 

Ela espera que um dia sejam produzidos e disponibilizados fármacos para intensificar a autofagia. Uma esperança, aparentemente, compartilhada pela comunidade científica em geral. 

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