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Guimarães "abraça" Dia Mundial da Dança com peça inédita

Guimarães vai "abraçar" o Dia Mundial da Dança com uma estreia nacional de 'Dark Field Analysis', do coreógrafo Jefta van Dinther, uma 'masterclasse' e a apresentação de 'Um saco e uma Pedra', de Tânia Carvalho.

Guimarães "abraça" Dia Mundial da Dança com peça inédita
Notícias ao Minuto

23:56 - 26/04/18 por Lusa

Cultura Jefta van Dinther

Em declarações à Lusa, o programador artístico do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), Rui Torrinha, explicou que o "abraço à dança" será feito com um "miniprograma" representativo do trabalho desenvolvido naquela casa das artes.

"Um miniprograma que engloba aquilo que tem sido a veia central do nosso trabalho, que é a criação. Por um lado, apresenta duas coproduções, com o Jefta van Dinther, em duas sessões, e depois com a Tânia Carvalho, porque, ao coproduzirmos esta aventura dela, o primeiro filme que ela faz, é também esta nossa versão de apoio à criação", salientou o responsável.

Sexta-feira e sábado, pelos corpos de Juan Pablo Camara e Roger Sala Reyner, sobe ao palco do CCVF o mais recente trabalho daquele coreógrafo sueco-holandês, que parte do sangue como "metáfora para falar da significância de estar vivo" e levar o espetador a "olhar para dentro e para fora", segundo explica o texto de apresentação da peça.

"Jefta van Dinther evoca a intensidade de se estar vivo, colocando os humanos em relação com outras formas de vida. O orgânico mistura-se com o sintético, o humano com o animal e o material com o etéreo. 'Dark Field Analysis' desenha o seu nome a partir de um ramo da medicina alternativa que utiliza o método microscopia do campo escuro para diagnosticar condições corporais sistémicas que tenham origem no sangue. Uma longa conversa desenrola-se entre dois homens nus num tapete, mas a conversa compreende muito mais do que os factos médicos", lê-se.

Sobre a presença de Jefta van Dinther em Guimarães, Rui Torrinha destacou ainda a 'masterclasse' com o coreógrafo, dia 28, e a "conversa com o público" no final da segunda apresentação: "É uma conversa aberta, sem hierarquias, na qual o público é convidado sentar-se com o coreógrafo para falar, conversar, expor pontos de vista", explicou.

O "miniprograma" dedicado à dança termina no domingo, com a apresentação da mais recente criação de Tânia Carvalho, 'Um Saco e Uma Pedra', um coprodução do Centro Cultural Vila Flor, com o Maria Matos Teatro Municipal, de Lisboa, e o Théâtre de la Ville, em Paris.

"É uma peça de dança para ecrã, rodado em Guimarães, na Black Box, na Fábrica ASA, e é o esticar da dança para outros formatos", explica Rui Torrinha.

Em 'Um Saco e Uma Pedra' a coreógrafa troca o palco pelo ecrã e desafia o espetador a "imaginar que há uma peça de dança".

"Essa peça de dança tornou-se um ser. Um ser independente, capaz de tomar decisões por si mesmo, sobre si mesmo. Decidiu ir ao cinema. Pelo caminho encontrou um saco e uma pedra. Agarrou o saco, agarrou a pedra, e levou-os consigo. Talvez viesse um dia a precisar deles. Fez o seu caminho, chegou ao cinema. Mas tinha por hábito estar do lado do palco, não do espetador. E foi por isso, e por mais nada, que saltou para o ecrã", explica o texto de apresentação da obra.

Os bilhetes para as várias sessões já estão à venda, sendo possível adquirir um bilhete conjunto de dez euros, garantindo acesso à peça 'Dark Field Analysis' e ao filme 'Um Saco e Uma Pedra'.

Os bilhetes individuais para o espetáculo 'Dark Field Analysis' têm o custo de 7,5 euros e, para 'Um Saco e uma Pedra', de cinco euros

A 'masterclasse', com a duração de três horas está limitada a um máximo de 20 participantes, e as inscrições podem ser efetuadas no Centro Cultural Vila Flor ou no 'site' www.ccvf.pt, através do preenchimento do formulário disponível 'online', tendo um custo de cinco euros a participação nesta atividade, com direito a bilhete para o espetáculo 'Dark Field Analysis'.

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