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Angola vê "sinais positivos" para desfecho da crise na RDCongo

O Presidente angolano, que lidera o órgão de concertação política, defesa e segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) assumiu hoje que "há sinais" que apontam para um desfecho satisfatório da crise na República Democrática do Congo.

Angola vê "sinais positivos" para desfecho da crise na RDCongo
Notícias ao Minuto

12:16 - 24/04/18 por Lusa

Mundo João Lourenço

A posição foi assumida por João Lourenço no discurso de abertura da cimeira de chefes de Estado e de Governo da "Dupla Troika" da SADC, que junta hoje em Luanda os Presidentes da República da África do Sul, Namíbia, Zâmbia, República Democrática do Congo (RDCongo), o vice-Presidente da Tanzânia e o primeiro-ministro do Lesoto.

Para o chefe de Estado angolano, há "mais motivos para acreditar" que a situação na RDCongo "caminha para um desfecho satisfatório", nomeadamente a marcação, para 23 de dezembro próximo, das eleições presidenciais no país e a realização do registo eleitoral.

"São sinais que podem contribuir significativamente para o necessário e urgente desanuviamento das tensões internas na RDCongo e para o reforço da confiança mútua entre o Governo, a oposição e a sociedade civil", afirmou João Lourenço.

"Em função desta nova atmosfera", acrescentou o chefe de Estado angolano, é necessário "apelar a todos os intervenientes diretos no processo de regularização do conflito na RDCongo que façam prova de sabedoria, de patriotismo e de máxima contenção nos momentos mais críticos".

"Olhando em primeiro lugar para os interesses nacionais, para que consigam superar as diferenças e construam espaços de convergência que privilegiem a paz, a segurança, a estabilidade e a reconciliação nacional", disse ainda.

Ainda assim, o chefe de Estado angolano não esconde a preocupação com a violência em algumas regiões do país vizinho, nomeadamente no leste, cujos conflitos chegaram a levar à fuga de 30.000 refugiados congoleses, em 2017, para Angola.

"Continuamos, contudo, preocupados com a situação reinante no leste da RDCongo, onde grupos rebeldes, com destaque para a Aliança das Forças Democráticas (AFDL), continuam a ceifar vidas de pacíficos cidadãos, entre elas mulheres e crianças, inviabilizando o desenvolvimento económico e social do país", enfatizou na abertura da cimeira, convocada para analisar, entre outros assuntos, a situação naquela país da África Austral.

Na origem da instabilidade interna na RDCongo está a permanência no poder de Joseph Kabila, Presidente da República desde 2001, com contínuas manifestações da oposição e da comunidade católica, reprimidas pelas forças de segurança.

O país conta igualmente com a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), a maior força da ONU no mundo, com mandado até março do próximo ano e 16.000 militares, que deverão apoiar o processo eleitoral, nomeadamente no recenseamento dos eleitores, a própria votação e a transição do poder, esperado, segundo o calendário oficial, para 12 de janeiro de 2019.

Kabila manter-se-á no poder pelo menos até janeiro de 2019, mais de dois anos depois de ter terminado o seu segundo mandato, em dezembro de 2016.

Segundo a Constituição da RDCongo, o Presidente da República só pode exercer as funções durante dois mandatos.

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