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Bispos pedem adiamento de presidenciais antecipadas para maio

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) defendeu hoje em comunicado o adiamento das eleições presidenciais antecipadas de 20 de maio e critica o Governo do Presidente Nicolás Maduro pelo que considera ser a "indiferença" para com as dificuldades da população.

Bispos pedem adiamento de presidenciais antecipadas para maio
Notícias ao Minuto

16:14 - 23/04/18 por Lusa

Mundo Venezuela

Relativamente à necessidade de adiar as eleições, os bispos venezuelanos alegam a falta de condições para a sua realização.

Segundo a CEV, os problemas por que passa o país aconselham o adiamento das eleições "tal como estão concebidas", a que acresce, consideram, a falta de garantias de um "processo eleitoral livre, confiável, transparente" e com possíveis candidatos impedidos por decisões judiciais.

"Longe de aportar uma solução à crise que vive o país, pode (a realização de eleições) agravá-la e conduzir a uma catástrofe humanitária sem precedente. É, portanto, urgente que (as presidenciais) sejam adiadas para o último trimestre do ano", afirmam.

No documento, os bispos criticam a "surpreendente indiferença" dos governantes para resolver a hiperinflação, a falta de serviços públicos, como eletricidade, água e gás.

A falta de medicamentos, com o consequente resultado do aumento de doenças e a proliferação de epidemias, é igualmente evidenciada pelos bispos venezuelanos.

"Aumentou a insalubridade pelo aparecimento incontrolável de epidemias e de enfermidades nas populações mais vulneráveis, com a agravante falta de medicamentos para os tratamentos", afirmam.

Segundo os bispos, a situação "tem gerado um grande número de protestos, em todo o país, que, apesar de silenciadas pela imprensa, têm aumentado".

O crescente aumento do número de venezuelanos que se veem forçados a emigrar é também alvo de atenção: "A emigração está a tomar diariamente maiores proporções (...) Rompe laços familiares, traz desolação e abandono de anciãos e crianças".

Nesse sentido, os bispos agradecem aos países de acolhimento e às instituições que apoiam os refugiados, como a Cáritas.

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