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Israel acusado de disparar contra manifestantes desarmados e jornalistas

O movimento islamita Hamas acusou hoje as forças israelitas de "contínuas violações" contra jornalistas durante a sua cobertura das manifestações que desde 30 de março decorrem todas as sextas-feiras na vala fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Israel.

Israel acusado de disparar contra manifestantes desarmados e jornalistas
Notícias ao Minuto

19:46 - 17/04/18 por Lusa

Mundo Israel

Os soldados israelitas "dispararam e mataram um jornalista e feriram outros 66 durante a cobertura da Grande Marcha do Regresso", denunciou o Hamas num comunicado onde cita números do Ministério da Informação palestiniano.

O Hamas reiterou que os ataque contra os jornalistas "são uma tentativa de silenciar a voz da verdade e silenciar os palestinianos que procuram recuperar os seus direitos".

O fotojornalista palestiniano Waser Murtaya, 30 anos, morreu em 06 de abril após ser atingido por uma bala israelita quando trabalhava, e de acordo com o ministério outros 19 repórteres foram feridos por bala nas últimas semanas.

Em Genebra, um grupo de peritos em direitos humanos da ONU condenou hoje Israel pelo "uso contínuo de armas de fogo e munição real" por parte do Exército judaico, contra manifestantes e observadores palestinianos em Gaza, na maioria desarmados.

Os três relatores, que manifestaram grande inquietação por estes acontecimentos que ameaçam prosseguir, denunciaram Israel por não ter cumprido a promessa de investigar os episódios mais violentos das últimas semanas e punir os responsáveis.

"As forças de segurança israelitas continuam a usar munição real e balas de borracha contra os manifestantes e dezenas deles, na sua maioria desarmados, homens, mulheres e crianças, foram mortos ou feridos", indicaram os relatores.

Em 09 de abril, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha advertido em comunicado que Israel "fará mal" aos palestinianos da Faixa de Gaza que tentasse "atacar" o seu território.

Pelo menos 33 palestinianos foram mortos e 1.600 feridos pelas forças de segurança israelitas durante os protestos, iniciado em 30 de março e que devem prosseguir até 15 de maio.

Ainda hoje, milhares de pessoas manifestaram-se em Gaza e na Cisjordânia ocupada por ocasião do dia anual de apoio aos palestinianos detidos por Israel.

Segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, cerca de 6.500 palestinianos estão atualmente detidos nas prisões israelitas.

Entre eles, cerca de 500 encontram-se em detenção administrativa, um regime que permite a prisão de suspeitos sem processo por um período de seis meses, que pode ser renovado indefinidamente. Muitos destes detidos não foram informados dos motivos da detenção.

O Clube dos Prisioneiros Palestinianos referiu ainda que cerca de um milhão de palestinianos já foram detidos por Israel desde a criação do Estado hebreu, em 1948.

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