Prisão perpétua para 12 altos militares turcos acusados de golpismo
Um tribunal de Istambul condenou hoje a prisão perpétua 12 altos responsáveis do exército turco por conspiração e envolvimento no fracassado golpe militar de julho de 2016 onde morreram 240 pessoas, na maioria civis.
© Reuters
Mundo Turquia
Os juízes consideraram os acusados culpados de "violar a Constituição" com a agravante, entre outras, de "conspiração para destruir a ordem constitucional" e "dirigir um grupo armado".
Três generais, seis coronéis, dois tenentes-coronéis e um comandante foram assim condenados a cadeia perpétua agravada, a pena máxima no ordenamento jurídico turco, enquanto outros dois generais acusados de delitos menores foram sentenciados, cada um, a seis anos de prisão.
Cinco dos militares condenados foram ainda sentenciados individualmente a 87 cadeias de prisão perpétua adicionais, ao serem considerados culpados de "instigação ao assassinato" de 87 das 89 pessoas que morreram em Istambul na noite e madrugada do golpe, que decorreu entre 15 e 16 de julho de 2016.
Para além destas sentenças, foram ainda acrescentados 115 anos de prisão por delitos relacionados, como o bloqueio da ponte sobre o Bósforo, a tomada e controlo do aeroporto e a ocupação das redações de diversos jornais e televisões.
Os condenados foram considerados responsáveis pela formação de um conselho golpista regional em Istambul, apesar de os máximos responsáveis da tentativa, que dirigiram a rebelião desde Ancara, não fazerem parte deste julgamento.
Segundo a sentença, a responsabilidade máxima do golpe recai no predicador islamita exilado Fethullah Gülen, cuja confraria foi até 2013 uma estreita aliada do Governo turco e do atual Presidente Recep Tayyip Erdogan, antes do início de uma luta fratricida pelo poder.
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