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Turquia, Irão e Rússia vão continuar a trabalhar em conjunto

A Turquia afirmou esta terça-feira que continuará a trabalhar com o Irão e a Rússia para se chegar a um acordo na Síria, apesar das divergências sobre os ataques ocidentais ocorridos após um alegado ataque químico atribuído ao regime.

Turquia, Irão e Rússia vão continuar a trabalhar em conjunto
Notícias ao Minuto

15:47 - 17/04/18 por Lusa

Mundo Síria

Os presidentes turco, Recep Tayyip Erdogan, e iraniano, Hassan Rohani, sublinharam numa conversa telefónica "a importância de prosseguir os esforços comuns entre a Turquia, o Irão e a Rússia, no quadro do processo de Astana, para proteger a integridade territorial da Síria e encontrar uma solução política duradoura para a crise", indicaram fontes da presidência turca.

Moscovo e Teerão, que apoiam Damasco, e Ancara, que ajuda rebeldes sírios, patrocinam o processo de Astana, que permitiu já a criação de quatro "zonas de distensão", visando reduzir os confrontos na Síria.

Os dirigentes dos três países comprometeram-se, numa cimeira em Ancara a 04 de abril, a cooperarem para se alcançar um "cessar-fogo duradouro" na Síria.

Mas a unidade não se mantém em relação aos ataques aéreos de Washington, Paris e Londres na Síria, a 14 de abril, para punir o regime sírio após um alegado ataque químico a Douma, nos arredores de Damasco, que causou pelo menos 40 mortos.

A Turquia considerou os ataques ocidentais contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas uma resposta "apropriada" ao ataque a Douma, enquanto a Rússia e o Irão se mobilizaram para defender o regime de Bashar al-Assad.

"O presidente Erdogan, que lembrou que a posição da Turquia sobre a questão da utilização das armas químicas é clara, sublinhou ser importante não abrir o caminho a uma escalada de tensões", adiantaram as mesmas fontes.

Ancara já tinha rejeitado na segunda-feira as declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, de que o ataque ocidental de sábado contra a Síria teria conseguido "separar a Turquia da Rússia".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também assegurou que os ataques "não dividiram" Moscovo e Ancara.

"Não é segredo que as posições de Ancara e de Moscovo divergem sobre uma série de questões", disse. "No entanto, isso não nos impede de evoluir, de prosseguir as discussões sobre essas divergências", adiantou Peskov.

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