Comunistas e progressistas juntos na condenação de ataque à Síria
Mais de quatro dezenas de partidos comunistas e progressistas de todo o mundo condenaram esta terça-feira, numa declaração conjunta, o recente ataque realizado pelos Estados Unidos, com o apoio de França e do Reino Unido, contra alvos na Síria.
© Reuters
Mundo Ataque
A posição conjunta, promovida por iniciativa do Partido Comunista Português (PCP) e divulgada esta terça-feira, expressou uma "veemente condenação" do ataque ocidental, que qualificou como uma "agressão militar imperialista" contra a Síria.
No breve texto, os 47 partidos comunistas e progressistas de diversas partes do mundo que o assinam consideram que o ataque realizado no sábado passado é um "inaceitável ato de agressão" e está "em flagrante afronta à Carta das Nações Unidas e ao direito internacional".
Tal ato, segundo frisaram os partidos, "insere-se na escalada de confronto e guerra de agressão do imperialismo, de imprevisíveis e perigosas consequências para a Síria, o Médio Oriente e o mundo".
Os comunistas e progressistas deixaram ainda um apelo à solidariedade para com a Síria e o povo sírio, que enfrentam desde há sete anos "a bárbara agressão do imperialismo norte-americano e seus aliados", mas que também resistem e lutam "em defesa da sua soberania, da independência e integridade territorial do seu país, do direito a decidir, livre de quaisquer ingerências, o seu destino".
Entre os signatários desta posição constam o Partido Comunista Alemão, o Partido Comunista do Brasil, o Partido Comunista Britânico, o Partido Comunista Francês, o Partido Comunista de Israel, o Partido Comunista dos Estados Unidos da América, Partido Comunista do Bangladesh e o Tribuna Democrática Progressista do Bahrein.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram no sábado passado uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.
O presumível ataque químico foi realizado no dia 07 de abril e terá provocado mais de 40 mortos e afetado cerca de 500 pessoas.
O PCP já tinha condenado o ataque no sábado passado e realçou na altura que Portugal devia demarcar-se de tal ato.
O Governo português disse compreender as razões que levaram à intervenção militar, defendendo, no entanto, ser necessário evitar uma escalada do conflito.
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