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Pastor protestante norte-americano julgado na Turquia diz-se inocente

Um pastor protestante norte-americano detido na Turquia em 2016 e apontado pelas autoridades como responsável por atividades terroristas rejeitou hoje todas as acusações.

Pastor protestante norte-americano julgado na Turquia diz-se inocente
Notícias ao Minuto

11:28 - 16/04/18 por Lusa

Mundo Terrorismo

Na primeira sessão do julgamento que decorre numa sala do complexo penitenciário de Aliaga na província de Esmirna (oeste da Turquia), Andrew Brunson afirmou que está inocente.

"Eu não tenho nada contra a Turquia. Pelo contrário, eu amo a Turquia e rezo pela Turquia há 25 anos", disse em turco o pastor norte-americano.

Residente na Turquia desde 1993, Andrew Brunson, de 50 anos, e a mulher eram responsáveis por uma igreja protestante em Esmirna antes da detenção em 2016.

O pastor protestante é acusado de ter agido sob as ordens de Fethullah Gullen, exilado nos Estados Unidos e opositor do presidente Erdogan, apontado por Ancara como responsável pela intentona militar de julho de 2016.

"Isso seria um insulto à minha religião. Eu sou cristão e jamais me juntaria a um movimento islâmico", afirmou Brunson referindo-se à acusação de ligações a Fethullah Gullen.

Andrew Brunson é também acusado de manter contactos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado organização terrorista pelo governo turco e de ser responsável por atos de espionagem "política e militar".

"Eu nunca estive envolvido em atividades de espionagem", afirmou o acusado.

No domingo, Cem Halavurt, o advogado do pastor protestante norte-americano, disse à agência France-Presse que os direitos de Andrew Brunson "foram violados há muito tempo" pelas autoridades da Turquia.

Brunson pode vir a ser condenado a uma pena de prisão de entre 15 e 20 anos de cadeia, caso venha a ser considerado culpado pelo tribunal, disse ainda o advogado à AFP, no domingo.

A mulher do pastor protestante, Norine Brunson, esteve presente na primeira sessão do julgamento, tendo estado igualmente presentes o senador dos Estados Unidos Thom Tillis e o embaixador especial norte-americano para a Liberdade Religiosa Internacional, Sam Brownback.

A detenção de Brunson é um dos assuntos de conflito nas relações entre os Estados Unidos e a Turquia.

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