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Sírio não sai há mais de um mês de aeroporto da Malásia

O homem foi expulso dos Emirados Árabes Unidos devido ao conflito na Síria. Tentou viajar para o Equador e para o Camboja mas não conseguiu. Está preso no aeroporto de Kuala Lumpur há mais de um mês e já não sabe como lidar com a situação.

Sírio não sai há mais de um mês de aeroporto da Malásia
Notícias ao Minuto

21:37 - 14/04/18 por Fábio Nunes

Mundo Conflito

Para além da morte e da destruição provocada por um conflito que se perpetua, a guerra na Síria afeta muitas mais pessoas. Algumas das quais de cidadãos que vivem fora do país onde nasceram há já alguns anos. A história de Hassan al-Kontar é a de uma dessas vidas que não conseguem escapar ao conflito na Síria, mesmo a milhares de quilómetros de distância.

Este homem está preso no aeroporto internacional de Kuala Lumpur há mais de um mês e admitiu há BBC que já “perdeu a conta” ao número de dias que passou neste limbo.

“Estou desesperado por ajuda. Não consigo viver mais neste aeroporto, a incerteza está a enlouquecer-me. Parece que a minha vida atingiu um novo ponto baixo”, contou Hassan, que acrescenta que não consegue tomar um banho em condições e que já não tem mais roupas lavadas consigo.

A provação de Hassan al-Kontar começou quando este perdeu o seu visto para trabalhar nos Emirados Árabes Unidos em 2016. Teve de sair daquele país e foi deportado para a Malásia, “um dos poucos países que oferece vistos à chegada a sírios com eu”.

O visto tinha a duração de três meses, tempo que Hassan achou que daria para encontrar uma solução.

Decidiu viajar para o Equador. Poupou dinheiro e comprou um bilhete de ida, mas não recebeu autorização para fazer a viagem.

Excedeu os três meses de visto e teve de pagar uma multa por isso. Foi colocado numa lista negra da Malásia e deixou de ter possibilidade de sair do aeroporto.

Tentou viajar para o Camboja. Desta vez conseguiu viajar mas foi proibido de entrar no país pelas autoridades cambojanas.

Regressou ao aeroporto de Kuala Lumpur no dia 7 de março e desde então não voltou a sair de lá. “Não sei o que fazer. Não tenho ninguém que me aconselhe para onde ir. Preciso realmente de ajuda porque acredito que o pior está por vir”, disse Hassan.

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