Carles Puigdemont é novamente um homem livre. O antigo líder catalão já foi libertado da prisão de Neumünster, na Alemanha, onde estava detido desde o dia 25 de março, adianta o La Vanguardia. Em declarações aos jornalistas, Carles Puigdemont exigiu a "libertação imediata" dos seus companheiros independentistas que se encontram detidos em Espanha.
"É uma vergonha para a Europa ter prisioneiros políticos", realçou.
"Sempre confiei na democracia europeia baseada na vontade dos povos, na separação de poderes, na paz e nos direitos humanos. É esse tipo de democracia que está em risco em Espanha", afirmou o ex-líder catalão.
"A nossa luta é também pela democracia. Não é apenas pela auto-determinação. Essa não é uma luta doméstica, é uma luta europeia", disse. "Há uma onda de democracia suave que está a esmagar a União Europeia. É preciso dar mais poder aos cidadãos europeus".
Puigdemont voltou a insistir na necessidade de diálogo político com o governo de Madrid.
"Não há desculpa para que as autoridades espanholas não iniciem conversações com os líderes políticos catalães de forma a encontrar-se uma solução política para as nossas exigências", finalizou.
Puigdemont anunciou mais tarde que está a caminho de Berlim.
Ja he sortit de la presó i em dirigeixo a #Berlín. Ara és moment de recordar els companys i companyes que encara estan injustament empresonats i demanar la seva llibertat. Moltes gràcies a tothom! pic.twitter.com/6DfjPVtymA
— Carles Puigdemont (@KRLS) April 6, 2018
Foi cancelada a conferência de imprensa que estava prevista para esta sexta-feira à tarde na Câmara Municipal de Neumünster. O antigo líder da Generalitat vai falar amanhã numa conferência de imprensa já em Berlim.
O antigo presidente da Generalitat estava preso desde o dia 25 de março, depois de ter sido intercetado pela polícia alemã quando fazia a viagem de carro de regresso à Bélgica. Puigdemont tinha ido a Helsínquia participar numa conferência.
