Mais de uma centena de mulheres da área desportiva uniram-se esta semana num movimento que pretende combater a violência moral e sexual de que são alvo no trabalho.

O movimento, criado por 52 jornalistas desportivas, chama-se #DeixaElaTrabalhar e pretende denunciar situações de machismo, que transformaram muitas destas mulheres num mundo de homens em vítimas.

A luta não se centra apenas nos desportistas e apoiantes de clubes que abusam em determinadas situações, foca-se também no próprio ambiente de trabalho.

O movimento começou no dia 25 de março, com um vídeo publicado nas redes sociais que pretendia demonstrar algumas dessas histórias de assédio e violência. Desde beijos indesejados, a ofensas e ameaças que recebem.

"Aconteceu com todas nós", diz uma das jornalistas nas imagens. "Somos mulheres e profissionais", diz outra, seguida de um "só queremos trabalhar em paz".

#deixaelatrabalhar pic.twitter.com/jlw0pQz9a2

— #Deixaelatrabalhar (@deixaelatrab) March 25, 2018

A página do manifesto #DeixaElaTrabalhar já conta com mais de 15 mil seguidores e clubes como o Chapecoense, o Corinthians, o Cruzeiro, o Flamengo, o Fluminense ou o Fortaleza, entre outros, fizeram mesmo questão de tornar público o seu apoio para com a causa.

#deixaelatrabalhar https://t.co/TEbCZt1mj9

— Chapecoense (@ChapecoenseReal) March 25, 2018

#RespeitaAsMinas #DeixaElaTrabalhar #NãoÉNão https://t.co/iQLRPVOwEN

— Corinthians (@Corinthians) March 25, 2018

O @FortalezaEC apóia a campanha pelo respeito:#deixaelatrabalhar https://t.co/v9OjAHh8oc

— Fortaleza Esporte Clube (@FortalezaEC) March 25, 2018

Este é mais um movimento necessário e que se insere nos vários que têm surgido no Brasil nos últimos tempos. Todos tendo por base a defesa dos direitos das mulheres, a luta contra a objetificação feminina, e o combate à cultura misógina que ainda é perpetuada culturalmente.