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Equador restringe comunicações a Julian Assange na embaixada em Londres

O Governo do Equador anunciou hoje que restringiu o acesso a comunicações do fundador da Wikileaks, Julian Assange, asilado na embaixada deste país em Londres desde 2012, por ter violado o acordo de não opinar sobre questões internacionais.

Equador restringe comunicações a Julian Assange na embaixada em Londres
Notícias ao Minuto

18:11 - 28/03/18 por Lusa

Mundo Skripal

"O Governo do Equador suspendeu os sistemas que permitem a Julian Assange comunicar com o exterior a partir da embaixada equatoriana em Londres", informaram hoje as autoridades do país numa nota de imprensa, na qual afirmam que a medida entrou em vigor na terça-feira.

O Governo liderado por Lenin Moreno argumenta que "a medida foi tomada perante o incumprimento por parte de Assange do compromisso escrito que assumiu com o Governo em dezembro de 2017, através do qual se obriga a não emitir mensagens que pressupõem uma ingerência em relação a outros Estados".

Apesar de sucessivas petições por parte do Equador, Assange voltou a manifestar-se sobre questões políticas que afetam outros países na segunda-feira, quando criticou no Twitter a decisão do Governo britânico de expulsar diplomatas de Moscovo em resposta ao envenenamento do espião Serguei Skripal.

"Apesar de ser razoável que Theresa May pense que o Estado russo é o principal suspeito, até agora as provas são circunstanciais", escreveu o ativista.

O Governo do Equador adverte que "o comportamento de Assange, com as suas mensagens através das redes sociais, põe em risco as boas relações que o país mantém com o Reino Unido, com o resto da União Europeia e com outras nações".

O envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal, com um gás neurotóxico no dia 04 de março na cidade inglesa de Salisbury, foi atribuído pelos responsáveis de Londres aos serviços secretos de Moscovo e levou ao congelamento das relações bilaterais britânicas com a Rússia, desencadeando uma crise diplomática alargada.

Desde segunda-feira, mais de duas dezenas de países, incluindo mais de metade dos Estados membros da União Europeia, e a NATO anunciaram a expulsão de agentes dos serviços de informações russos colocados nas embaixadas da Rússia.

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