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Misterioso manuscrito do Mar Morto conta história diferente de Noé

Fragmento de manuscritos descobertos há 50 anos estão agora, pela primeira vez, em exposição no Museu de Israel mas apenas por três meses.

Notícias ao Minuto

18:59 - 27/03/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Israel

Os investigadores israelitas conseguiram, no ano passado, reconstituir e decifrar um dos dois manuscritos de pergaminhos do Mar Morto que nunca tinham sido interpretados desde que foram descobertos há meio século. Agora, um fragmento está exposto pela primeira vez ao público no Museu de Israel, mas apenas por três meses.

“É parte da cópia do apócrifo do Génesis, o único testemunho físico deste documento em todo o mundo”, afirmou Adolfo Roitman, curador da exposição. Este fragmento está exposto com recurso a uma inovadora tecnologia israelita, conforme explica o El Mundo.

O pedaço de papel milenar está coberto com um vidro inteligente, concebido para o proteger de qualquer tipo de degradação, mantendo controlados os níveis de humidade e a temperatura em torno do documento. As luzes são ligadas e desligadas em intervalos de 30 segundos, para esse mesmo efeito.

“O conteúdo do fragmento exposto é a coluna dez do apócrifo do Génesis e fala sobre o patriarca bíblico Noé depois do dilúvio universal”, explica o especialista sobre o documento escrito em aramaico há 2100 anos.

“Na versão bíblica do Pentateuco, o Deus de Israel, Javé, ordena que Noé saia da arca com a sua família. Uma vez fora, o patriarca realiza um sacrifício de agradecimento, mas no fragmento do apócrifo do Génesis, é escrito que o sacrifício não se fez fora da arca mas sim dentro dela”, indica.

Os 900 manuscritos, pergaminhos e papiros encontrados entre 1947 e 1956 nas cavernas de Qumran, são considerados uma das mais importantes descobertas arqueológicas de todos os tempos. Incluem textos religiosos em hebraico, aramaico e grego bem como o mais velho Antigo Testamento conhecido. Os documentos mais antigos remontam ao III século antes de Cristo e o mais recente foi escrito no ano 70, quando da destruição do segundo templo judaico pelas legiões romanas.

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