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Washington encheu-se numa "revolução" contra as armas liderada por miúdos

Manifestantes encheram capital dos Estados Unidos com uma mensagem clara para os defensores do lóbi das armas: "Never again" (nunca mais).

Notícias ao Minuto

08:50 - 25/03/18 por Pedro Filipe Pina

Mundo March For Our Lives

Na luta contra a violência de armas nos Estados Unidos, foram os adolescentes que sobreviveram a tiroteios quem liderou a marcha - 'March For Our Lives'.

A 14 de fevereiro deste ano, um jovem entrou na antiga escola, o liceu Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, a Florida, e matou 17 pessoas, ferindo outras 15.

A maior parte das vítimas eram adolescentes, num episódio que repetiu algo que o mundo se tem habituado a ver nos Estados Unidos: a cada novo massacre, o debate em torno da legislação de armas ganha nova força. Porém, o lóbi das armas é poderoso o suficiente para que nenhuma lei mude. E, no entretanto, os Estados Unidos continuam a ser o país do mundo onde acontecem mais tiroteios em escolas.

Desta vez, porém, há algo de diferente a funcionar, como tem dado conta a imprensa norte-americana. 

“Aos líderes, céticos e cínicos que nos disseram para nos sentarmos, fiquem em silêncio e esperem pela vossa vez: Sejam bem-vindos à revolução”. As palavras são de Cameron Kasky, uma das adolescentes que sobreviveram ao tiroteio e também uma das organizadoras deste protesto.

Em Washington, centenas de milhares de pessoas (número que poderá ser por baixo, pois alguns relatos apontam para cerca de um milhão) juntaram-se para uma marcha que visou pressionar o Congresso a fazer mudanças. A marcha tinha ali o seu epicentro mas, de Nova Iorque a Londres, de Berlim a Tóquio, muitas outras cidades pelo mundo fora foram palco de concentrações contra a violência das armas.

O protesto contou ainda com momentos tocantes, como o discurso de Emma González, uma das sobreviventes da Florida cujo discurso durou os mesmos seis minutos e vinte segundos que durou o ataque. E que a dada altura ficou em silêncio, em palco, enquanto a multidão gritava "nunca mais".

A marcha, que já tinha contado com apoio de figuras públicas como Oprah Winfrey, contou com atuações de cantoras como Jennifer Hudson, Ariana Grande ou Miley Cyrus.

Mas acima de tudo foi um protesto organizado por adolescentes, mas que contou com o apoio de todas as gerações, das mais novas às mais... experientes - 'avós contra as armas' porque '"os nossos abraços não os protegem de tudo" era uma das frases que se lia a dada altura.

Espreite a galeria acima para ver as imagens dos protestos.

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