Puigdemont poderá ser detido pela polícia mas não é certo o seu paradeiro
Supremo Tribunal espanhol voltou a emitir mandado de detenção europeu e internacional pelo ex-líder da Generalitat.
© Reuters
Mundo Bélgica
As autoridades belgas terão ordenado a detenção de Carles Puigdemont, antigo líder da Catalunha, depois de ser emitido um novo mandado de detenção contra o ex-presidente catalão, enquanto este se deslocou à Finlândia para uma conferência. A informação é avançada pelo espanhol OK Diário, que acresce que as autoridades desconhecem, porém, o paradeiro do independentista foragido da justiça espanhola.
Puigdemont, recorde-se, está refugiado há alguns meses na Bélgica mas deslocou-se nos últimos dias a Helsínquia para dar uma conferência, uma deslocação destinada a internacionalizar o processo independentista da Catalunha.
Na sexta-feira, o juiz do Supremo Tribunal espanhol Pablo Llarena emitiu mandados de detenção europeus e internacionais contra seis dirigentes independentistas pelo seu papel na tentativa de secessão da Catalunha, entre os quais Carles Puigdemont.
O ex-líder da Generalitat, no entanto, está em paradeiro desconhecido. Segundo o deputado finlandês Mikko Kärnä, Puigdemont deixou Helsínquia na sexta-feira à noite, mas não é confirmado que esteja já na Bélgica.
Just received info from president @KRLS of #Catalonia that he is no longer in #Finland. He departed to Belgium last evening. My press release attached. pic.twitter.com/7WdsjZgswS
— Mikko Kärnä (@KarnaMikko) 24 de março de 2018
“[As autoridades] reconhecem que não sabem onde se encontra neste momento o ex-presidente catalão e nem sequer se regressou à Bélgica, como confirmou há pouco o seu advogado”, escreve a publicação, citando um tweet do causídico.
Confirmo que el President Puigdemont ja no és a Finlàndia.Seguirà, com sempre, a disposició de la justicía belga, on te fixada la seva residència.
— J. Alonso-Cuevillas (@JaumeAlonsoCuev) 24 de março de 2018
Sublinhe-se ainda que o Supremo Tribunal espanhol decidiu, também na sexta-feira, aplicar prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, acusados de delito de rebelião, no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha.
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