Mais de 50 mortos na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, desde setembro
Cinquenta e uma pessoas, entre as quais suspeitos de crimes, polícias e uma turista, morreram na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, desde setembro passado até hoje, segundo um balanço hoje feito pela Polícia Militar daquele estado brasileiro.
© Lusa
Mundo Brasil
Pelo menos sete pessoas morreram hoje em confrontos entre polícias e alegados traficantes de droga na Rocinha, localizada junto aos bairros turísticos de Ipanema e do Leblon.
Num comunicado oficial publicado no seu 'site' após os desacatos, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro indica que as mortes de hoje se enquadram num total de 51 desde o arranque da ação desta força de segurança no local, 48 das quais de suspeitos de crimes, duas de polícias e uma de uma turista espanhola.
Esta atuação da Polícia Militar começou em 18 de setembro passado e, até às 11:20 de hoje (hora do Rio de Janeiro, 14:20 em Lisboa), registou também um total de 19 feridos, dos quais 11 são moradores e oito polícias.
Houve ainda 105 presos, 22 detenções de menores e várias apreensões, entre as quais de artefactos explosivos (69), pistolas (66), espingardas (38) e de duas toneladas de droga.
O incidente de hoje começou quando um grupo de agentes, que patrulhava a zona, foi atacado a tiro por presumíveis traficantes de droga.
"Após o fim dos disparos, sete criminosos feridos foram socorridos no hospital municipal Miguel Couto, onde vieram a falecer", informa aquela força de segurança no comunicado.
Após os confrontos, o cerco policial voltou a ser reforçado, nomeadamente via área, adianta a Polícia Militar.
Desde o final dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro tem sofrido um agravamento da violência, situação que piorou devido à crise económica. Por essa razão, as autoridades também ficaram com dificuldades em manter equipamentos de segurança e em pagar os salários dos agentes.
Mais recentemente, no final de fevereiro deste ano, o Presidente brasileiro, Michel Temer, assinou um decreto que passou a segurança pública do Estado para as mãos do Exército, dando origem a uma intervenção federal no Rio de Janeiro.
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