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Congresso do Peru aceitou a renúncia do presidente Kuczynski

O Congresso do Peru aceitou hoje a demissão do Presidente Pedro Pablo Kuczynski, numa sessão especial que abre caminho para a cooptação do vice-presidente Martin Vizcarra, que ficará concretizada nas próximas horas.

Congresso do Peru aceitou a renúncia do presidente Kuczynski
Notícias ao Minuto

17:22 - 23/03/18 por Lusa

Mundo Votação

Na votação do pedido de demissão, 12 congressistas opuseram-se e 105 congressistas pronunciaram-se favoravelmente pela saída de Pedro Pablo Kuzczynski da Presidência do Peru, na sequência de suspeitas de envolvimento em casos de corrupção.

"A demissão está aceite", disse hoje o presidente do Congresso, Luís Galarreta, do partido da oposição a Pedro Plabo Kuczynski.

A sessão do Congresso peruano estava prevista para quinta-feira, mas foi adiada para hoje, uma vez que se pretendia que Martin Vizcarra, que se encontrava no Canadá em trabalho diplomático, estivesse já no Peru.

"Nós não aceitamos os termos da carta, mas acreditamos que o Peru está acima de tudo e temos de prosseguir com o processamento do pedido", afirmou Galarreta, na quarta-feira.

Pablo Kuczynski anunciou nesse dia, em comunicação televisiva, a demissão do cargo, referindo que a "situação de acusações de corrupção injustas é difícil".

Kuczynski foi pressionado a resignar depois do choque provocado pela revelação na terça-feira de vídeos filmados secretamente, de curta duração, em que vários aliados do Presidente conservador são vistos alegadamente a tentarem comprar o apoio de um legislador para impedir o 'impeachment'.

Os filmes apresentados pelo principal partido de oposição mostram alegadas tentativas do advogado de Kuczynski, um funcionário do Governo, e Kenji Fujimori, o filho do ex-homem-forte Alberto Fujimori, tentando convencer o legislador a apoiar o Presidente em troca de contratos estaduais no distrito.

Os vídeos lançaram a crise política no Peru três semanas antes do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitar a nação sul-americana por ocasião de uma cimeira regional.

Em dezembro, Kenji Fujimori liderou um grupo de legisladores que desafiou a liderança de sua irmã Keiko do Partido da Força Popular para bloquear de forma restrita a destituição de Kuczynski.

Dias depois, Kuczynski perdoou Alberto Fujimori do cumprimento de uma sentença de prisão de 25 anos por abusos dos direitos humanos cometidos durante os 10 anos de mandato presidencial.

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