O mistério da múmia alienígena está (finalmente) explicado
Esqueleto encontrado no Chile não se parece com nada que já se tenha visto. Alguns sugeriam até que se pudesse tratar de um extraterrestre.
© UCSF
Mundo Descoberta
Um esqueleto mumificado encontrado no deserto Atacama, no Chile, com apenas 15 centímetros e cuja idade dos ossos era consistente com os de uma criança com seis a oito anos gerou especulação devido às suas características peculiares.
Houve até quem ponderasse tratar-se de um esqueleto extraterrestre devido ao formato alongado que tinha o seu crânio.
Mas testes feitos à posteriori ao seu ADN demonstraram que se tratava efetivamente de um esqueleto humano. Mais precisamente do esqueleto de uma menina recém-nascida com mutações genéticas associadas ao nanismo, escoliose e com deficiências nos músculos e esqueleto.
Ata, nome dado ao esqueleto, tinha dez pares de costelas, em vez de 11 e estava tão mal formada que provavelmente não se conseguiria alimentar. Segundo o estudo, as mutações estão presentes em sete dos seus genes e estão todas relacionadas com o crescimento.
"Acreditamos que a menina foi um nado-morto ou que morreu pouco depois do parto", explicou Garry Nolan, professor de microbiologia e imunologia da Escola de Medicina da Universidade de Stanford à BBC.
Os detalhes da investigação foram publicados na revista Genome Research e os cientistas acreditam que estes resultados podem ajudar a entender melhor doenças genéticas no futuro.
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