Bebé abandonada em 1937 descobre quem eram os pais... aos 81 anos
Uma amostra de ADN encontrada num selo antigo ajudou a resolver o mistério em torno do bebé abandonado mais famoso da Grã-Bretanha.
© Reprodução
Mundo Reino Unido
Em agosto de 1937, uma menina de nove meses de idade, Anthea Ring, foi encontrada sem roupa e com as mãos atadas por baixo de uma amoreira, em Sussex. Uma mulher, que passeava com a filha, foi quem a encontrou. Estava muito arranhada, como se estivesse ali há horas.
O caso chocou o país na altura, mas nunca se tinha encontrado resolução. A polícia nunca foi capaz de encontrar os pais da criança, que depois de seis meses no hospital [na imagem acima com os médicos], foi adotada por uma família de Surrey.
Anthea descobriu que tinha sido adotada ao brincar com um amigo, na rua, quando tinha nove anos de idade. Agora, com 81 anos, e avó, conseguiu respostas e diz-se em paz: “Sinto que consegui alguma paz. É maravilhoso”, indicou, à BBC.
A Scotland Yard sempre assumiu que os pais da bebé não seriam cidadãos locais, uma vez que seria difícil esconder um caso daquela magnitude numa comunidade pequena. Não existiram evoluções no caso até 2012, quando Anthea, com 75 anos na altura, decidiu fazer um teste de ADN.
Capa de jornal do The Mirror no dia a seguir à descoberta da menina© Reprodução
O teste revelou que Anthea tinha ascendência irlandesa e foi possível encontrar primos distantes na América e na Irlanda. Uma das suas primas, Joan, a viver na Carolina do Norte, pediu a familiares para fazer o teste e conseguiu estabelecer-se uma ligação pelo lado da sua mãe.
Em abril de 2016, Anthea foi contactada por uma especialista em genealogia, Julia Bell, que se ofereceu para ajudar.
Anthea com Julia Bell© Reprodução
Foi em abril de 2017 que, graças à comparação do ADN de Anthea com várias bases de dados, se chegou à conclusão que era filha de Lena O’Donnell e que tinha nascido a 20 de novembro de 1936. O seu nome de nascença era Mary Veronica.
Não foi possível determinar o porquê de Anthea ter sido abandonada naquelas condições, mas sabe-se que a sua mãe engravidou solteira, algo muito complicado naquela altura. Alguns anos depois voltou a casar e teve quatro filhos. Quanto ao pai, este foi descoberto graças a troca de correspondência feita 30 anos antes. Um dos selos continha ADN suficiente para permitir a identificação. Patrick Coyne era o pai biológico de Anthea.
Embora não tenha sido possível reconstruir toda a história, Anthea conseguiu, pelo menos, identificar parte da família, para além daquela que a adotou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com