Morte de Marielle Franco pode ter motivações políticas
"Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”, escreveu a vereadora dois dias antes de ser assassinada a tiro no Rio de Janeiro. Lisboa e Porto demonstram solidariedade para com a ativista e política na próxima segunda-feira.
© Reuters
Mundo Brasil
A morte de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro e ativista, poderá estar relacionada com questões políticas. A informação é avançada por alguns media brasileiros que alertam para o facto de, dois dias antes do crime, a vereadora ter questionado o número de mortes no Brasil desde que o início da intervenção militar, ordenada por Michel Temer, no Rio de Janeiro.
“Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”, escreveu Marielle Franco na sua conta de Twitter.
Horas antes de ser assassinada a tiro, juntamente com o seu motorista, a vereadora participou num evento para debater questões de género na comunidade negra. O momento foi partilhado na sua rede social Facebook.
Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?
— Marielle Franco (@mariellefranco) March 13, 2018
Marielle Franco era conhecida pelo seu ativismo social e político, nomeadamente na defesa das questões de género, da comunidade negra e dos setores sociais mais desfavorecidos da sociedade brasileira. Acompanhava e denunciava, há vários dias, assassinatos que estão a ser atribuídos às forças militares brasileiras. O Rio de Janeiro está sob intervenção militar e a violência tem aumentado na cidade brasileira.
Em solidariedade para com a política e ativista, o movimento feminista português Por Todas Nós organizou uma vigília na Praça da Figueira, em Lisboa, na próxima segunda-feira, às 18h00. No Porto, a vígilia está marcada para as 18h30, à porta do Consulado-Geral do Brasil. Outras organizações e ativistas como a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) ou o Coletivo Andorinha – Frente Democrática Brasileira de Lisboa demonstraram o seu apoio à iniciativa.
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