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Sraída de Tillerson mostra que EUA "querem deixar acordo nuclear"

O Irão crê que a demissão do secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson, decidida pelo presidente Donald Trump, demonstra que os Estados Unidos estão "determinados a deixar o acordo sobre o nuclear" iraniano, considerou hoje o Governo daquele país.

Sraída de Tillerson mostra que EUA "querem deixar acordo nuclear"
Notícias ao Minuto

15:46 - 14/03/18 por Lusa

Mundo Irão

"As alterações no seio do Departamento de Estado foram realizadas com esse fim, ou, pelo menos, é uma das razões", afirmou o vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, citado pela agência Isna, a propósito da decisão do Presidente norte-americano de substituir Rex Tillerson por Mike Pompeo, que era diretor da CIA e partidário de uma linha dura face ao Irão.

Em mensagem na rede social Twitter, Donald Trump revelou desacordos com Tillerson, nomeadamente sobre o programa nuclear iraniano.

"Eu pensava que era horrível, ele pensava que estava bem", escreveu o Presidente dos Estados Unidos.

Em maio do ano passado, Donald Trump ameaçou retirar os Estados Unidos do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, concluído em 2015, com Tillerson a defender que os norte-americanos deviam continuar.

Donald Trump enviou um ultimato aos europeus (Alemanha, França, reino Unido e Rússia), em janeiro, para que houvesse entendimento com o Irão com vista a "remediar as terríveis lacunas" do acordo.

Teerão tem repetido que não há dúvidas para mudar uma vírgula, e a Agência Internacional de Energia Atómica, encarregada de monitorizar os aspetos técnicos do acordo, confirmou, no final de fevereiro, que o Irão tem cumprido as suas obrigações.

"Se os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear, também o abandonaremos. Dissemos aos europeus que, se eles não pudessem manter os Estados Unidos no acordo nuclear, o Irão deixará também", disse Araghchi.

Essas observações contrastam com as de outros altos funcionários iranianos, incluindo o Presidente do Irão, Hassan Rohani, que, regularmente, afirma que o Irão continuará a fazer parte do acordo, mesmo que os Estados Unidos o deixem.

Concluído em julho de 2015 entre o Irão e o Grupo dos Seis (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), o acordo restringe e regula estritamente as atividades nucleares de Teerão para garantir a natureza pacífica do programa, em troca de uma suspensão parcial das sanções internacionais contra o país.

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