Gabriel Cruz desapareceu a 27 de fevereiro em Las Hortichuelas de Níjar, uma localidade de Almería, e o corpo foi encontrado no domingo na bagageira do automóvel da companheira do pai, Ana Julia Quezada, suspeita do crime e que já foi detida.
A autópsia revelou que a criança morreu em consequência de um estrangulamento no próprio dia em que desapareceu.
A morte da criança tem estado a causar comoção em Espanha, em particular em Almería, que decretou três dias de luto, e já foi condenada pelo rei.
De acordo com a agência Efe, milhares de pessoas têm passado pelo velório da criança e no funeral marcado para hoje foram colocados ecrãs gigantes no exterior da catedral de Almería.
No funeral estarão presentes a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, e o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido.
Quanto à principal suspeita, Ana Julia Quezada, sabe-se que tem 44 anos, nasceu na República Dominicana e viveu em Burgos desde 1995, com duas filhas menores, tendo uma delas morrido acidentalmente em 1996.
De acordo com a imprensa dominicana, a família de Ana Julia Quezada diz-se surpreendida com a suspeita de crime e fala numa cabala contra ela.
"Não acredito que ela, que vem de baixo, com sacrifício e esforço, tenha pensado em tirar a vida a um inocente", afirmou o irmão, Juan José Quezada.
Por causa da suspeita da morte de Gabriel Cruz, as autoridades ponderam reabrir a investigação à morte da filha de Ana Julia Quezada, que morreu de uma alegada queda acidental de uma varanda.