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Assassino de Maëlys consultava pornografia infantil no telemóvel

Nordahl Lelandais é o autor confesso do homicídio de Maëlys de Araújo, menina lusodescendente de nove anos de idade que desapareceu em agosto do ano passado, em França.

Assassino de Maëlys consultava pornografia infantil no telemóvel
Notícias ao Minuto

19:39 - 09/03/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo França

A investigação das autoridades francesas ao homicídio de Maëlys de Araújo permitiu apurar que Nordahl Lelandais, o autor confesso do seu homicídio, via imagens de pornografia infantil através do seu telemóvel, conforme adianta a BFMTV.

Este novo elemento nas investigações poderá trazer alguma luz sobre as circunstâncias em que Maëlys morreu, uma vez que Lelandais, depois de ter revelado onde estava a corpo da criança, voltou a remeter-se ao silêncio. A 14 de fevereiro passado, recorde-se, e após mais de seis meses de investigações, o ex-militar de 34 anos de idade confessou o homicídio, tendo indicado que foi um “acidente”.

Conforme indica a mesma publicação francesa, a investigação ao computador de Lelandais só tinha revelado que este frequentava páginas de encontros homossexuais. Foi também no início de fevereiro que um homem afirmou às autoridades francesas que tinha sido abordado por Lelandais numa casa de diversão noturna, mas que recusou as suas investidas. A testemunha descreveu que depois foi perseguido pelo suspeito na autoestrada.

Nordahl Lelandais já terá também confessado às autoridades que deu “boleia” ao cabo Arthur Noyer, que desapareceu em abril do ano passado e cujo crânio foi encontrado a 7 de setembro num trilho de caminhada. Reitera, no entanto, que o deixou sair pouco depois, com vida.

As escutas no telefone do suspeito e a presença do seu veículo no local do desaparecimento de Noyer, em Sabóia, região montanhosa limítrofe com Itália, permitiram às autoridades relacionar o desaparecimento com Lelandais, tendo este sido formalmente acusado do homicídio em dezembro.

Os pais de Maëlys falaram numa conferência de imprensa, esta quinta-feira, juntamente com os advogados, onde pediram que seja quebrado o silêncio em relação às circunstâncias da morte da menina e do desaparecimento de Arthur Noyer, dirigindo críticas à defesa de Lelandais.

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