Putin deixa recado a Mueller. "A Rússia não extradita os seus cidadãos"
Vladimir Putin diz que cidadãos russos acusados pelos Estados Unidos de interferirem nas presidenciais norte-americanas que deram a vitória a Donald Trump não têm qualquer ligação com o Kremlin. No entanto, mostra-se intransigente e que garante que "nunca" irá permitir que cidadãos russos sejam extraditados para os Estados Unidos.
© Reuters
Mundo Tensão
O presidente da Rússia garantiu no domingo que nenhum dos 13 cidadãos russos acusados pelos Estados Unidos de terem interferido nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 serão extraditados.
Numa segunda entrevista concedida a Megyn Kelly, da NBC – a primeira, quando a jornalista estava na Fox News foi em junho de 2017 -, Vladimir Putin disse que o país “nunca” irá extraditar nenhum dos seus cidadãos. “Nunca. A Rússia não extradita os seus cidadãos para ninguém”, garantiu o presidente russo.
Apesar disso, Putin realçou que nenhum destes cidadãos tem qualquer relação com o Kremlin. “Eu sei que eles não representam o estado russo nem as autoridades russas”, reiterou. “O que eles fizeram especificamente, não faço ideia”.
No passado mês de fevereiro, recorde-se, o gabinete do Procurador Especial Robert Mueller, que está a investigar uma alegada interferência da Rússia nas presidenciais bem como um eventual conluio da administração Trump com o Kremlin, acusou 13 cidadãos russos e três entidades russas de conspiração, fraude bancária e roubo de identidade agravada, com o objetivo de interferir no processo eleitoral.
Enquanto continua a negar categoricamente qualquer interferência nas eleições presidenciais de 2016, a Rússia, pela voz do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, acusou Washington de se intrometer nos assuntos internos do país, com o intuito de interferir nas eleições.
“Nos últimos anos, as tentativas de intromissão [dos Estados Unidos] mais ativas nos nossos assuntos internos aconteceram durante o período de preparação e de realização das eleições presidenciais russas e nas eleições para a Duma [câmara baixa do parlamento russo]", acusou Serguei Riabkov.
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