Theresa May apresenta pontos do Brexit, que terá "altos e baixos"
Primeira-ministra britância discursou esta sexta-feira e realçou que o Brexit será feito de diálogo e proximidade em alguns pontos, mas de
© Reuters
Mundo Reino Unido
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, abordou esta sexta-feira o processo de saída da União Europeia, demonstrando vontade em manter uma boa relação económica com Bruxelas, apesar de traçar alguns pontos onde não pretende ceder.
“Vamos abandonar o mercado único, a vida vão passar a ser diferente”, começou por dizer May, sublinhando que o período de transição “deve ter um prazo definido”.
Este processo, sublinhou, será feito de “altos de baixos”, e que ninguém “irá conseguir tudo o que quer”, realçando, contudo, o facto de Reino Unido e União Europeia “partilharem um interesse” em encontrar uma solução viável para os dois lados.
Theresa May estabeleceu cinco pontos fundamentais para o Brexit, que irão permitir “que o país se una”. A primeira-ministra quer “compromissos vinculativos”, um “mecanismo de arbitragem completamente independente”, um diálogo constante, um acordo na proteção de dados e, por último, que Bruxelas e Londres mantenham as boas relações, nomeadamente entre os seus cidadãos.
May disse que o Reino Unido está disposto a manter normas de regulamentação semelhantes às da UE, para que os produtos possam circular sem taxas ou outros obstáculos.
A primeira-ministra disse também que pretende continuar a integrar determinadas agências europeias, como as que regulam os medicamentos ou a segurança aérea, e que o país está disposto a pagar para continuar como membro.
O governo britânico, disse, tem reservas quanto ao projeto de acordo elaborado pela UE, mas está confiante de que pode ser alcançado um acordo mais satisfatório.
Entre essas reservas, referiu novamente a recusa em aceitar a proposta europeia de manter o território britânico da Irlanda do Norte no mercado único por considerar que isso viola "o mercado comum britânico", mas insistiu que não quer uma fronteira rígida entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.
A saída do Reino Unido da União Europeia está prevista para março de 2019. No entanto, Theresa May quer um período de transição de dois anos depois desse período, de forma a conseguir construir as relações pós-Brexit entre Londres e Bruxelas.
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