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Quando um país se "arma em esperto", os EUA ganham "em grande"

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu hoje no Twitter que "as guerras comerciais são boas" e argumentou que quando um país, os EUA, está a perder contra todos os outros, "é fácil ganhar".

Quando um país se "arma em esperto", os EUA ganham "em grande"
Notícias ao Minuto

12:12 - 02/03/18 por Lusa

Mundo Donald Trump

"Quando um país está a perder milhares de milhões de dólares no comércio com virtualmente todos os países com quem faz negócios, as guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar", escreveu Trump no Twitter.

Quando os EUA, acrescentou, "estão a perder 100 mil milhões de dólares com um certo país e eles armam-se em espertos, não trocamos mais - ganhamos em grande. É fácil!".

Os comentários do Presidente surgem depois do anúncio, na quinta-feira, da imposição de taxas às importações de aço e alumínio, para apoiar os produtores norte-americanos e aumentar o número de postos de trabalho.

O anúncio foi feito na Casa Branca, durante um encontro com executivos de empresas produtoras e transformadoras dos dois metais.

Durante a reunião, Trump apresentou penalizações de 25% nas importações de aço e 10% nas importações de alumínio, taxas que, segundo diz, vão continuar "por um longo período de tempo".

"O que tem acontecido nas últimas décadas é vergonhoso. Vergonhoso", qualificou o Presidente, que prometeu ao setor "proteção pela primeira vez em muitos anos".

O aumento da produção externa, especialmente chinesa, levou à diminuição dos preços, o que afetou os produtores norte-americanos e criou uma situação que o Departamento do Comércio diz representar uma ameaça à segurança nacional.

A imposição de taxas, que pode aumentar a tensão entre os Estados Unidos e a China, leva a que os críticos da medida temam que outros países retaliem ou utilizem a segurança nacional como pretexto para a criação de taxas semelhantes.

A decisão é também criticada devido ao expectável aumento dos preços, que prejudicará as construtoras de automóveis do país e outras empresas que usem aço ou alumínio.

Durante o dia de quinta-feira, Trump escreveu na plataforma Twitter que várias indústrias norte-americanas, incluindo a do aço e a do alumínio, foram "dizimadas por décadas de comércio injusto e maus acordos com países de todo o mundo".

Entre as empresas com que o 45.º Presidente dos Estados Unidos se reuniu, estavam representantes da US Steel Corp., Arcelor Mittal, Nucor, JW Aluminium e Century Aluminium.

Em 2017, Donald Trump tinha solicitado uma investigação para aferir se as importações de aço e alumínio representavam uma ameaça para a segurança nacional.

O secretário do Comércio, Wilbur Ross, disse em fevereiro que as importações "representavam uma ameaça para a defesa nacional", observando que, por exemplo, apenas uma empresa nos EUA produz uma liga de alumínio de qualidade própria para aeronaves militares.

A secção 232 da Trade Expansion Act, de 1962, confere ao Presidente autoridade para restringir as importações e impor tarifas ilimitadas se um estudo do Departamento de Comércio encontrar ameaças à segurança nacional.

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