Em comunicado divulgado hoje, o CIP reage ao anúncio feito no passado dia 21 pelo ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, de que está prevista para março uma reunião com os credores para a restruturação da dívida pública, visando tornar os encargos do país sustentáveis.
Aquela organização critica o facto de Adriano Maleiane não ter esclarecido se a dívida de 1,4 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) secretamente avalizada pelo anterior Governo entre 2013 e 2014 será incorporada no 'stock' da dívida pública.
"Ainda não houve um claro esclarecimento sobre quem efetivamente vai arcar com os endividamentos ocultos despoletados em abril de 2016", diz o CIP.
O Governo, prossegue o comunicado, defendia que os mesmos eram da responsabilidade das empresas que as contraíram, mas, com os recentes pronunciamentos do ministro, está a passar-se a perceção de que estas dívidas podem ter sido incluídas no 'stock' da dívida.
Por outro lado, questiona o CIP, com que recursos se espera pagar os 17% da dívida que se espera reestruturar.