Entrada de venezuelanos na Colômbia cai 30% devido a "controle apertado"
A entrada legal diária de venezuelanos na Colômbia caiu 30 por cento nas últimas duas semanas, em resultado de um "controle mais apertado nas zonas fronteiriças", revelaram hoje as autoridades colombianas.
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Mundo Venezuela
Mais de meio milhão de venezuelanos viviam na Colômbia no final do ano passado, muitos deles fugindo da crise que assola o país presidido por Nicolás Maduro.
Há duas semanas, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou controles mais rígidos ao longo da fronteira de 2.219 quilômetros, suspendendo temporariamente a emissão de novos vistos de entrada diários para venezuelanos e enviando mais de 3 mil novos membros de forças da segurança para a região.
A entrada em sete pontos de imigração caiu de uma média de 48 mil por dia para 35 mil por dia, informou hoje em comunicado a agência colombiana de imigração.
Os números incluem somente entradas legais usando cartões de imigração ou passaportes e não incluem os milhares de venezuelanos que podem ter entrado no país vizinho ilegalmente a cada dia, seja para comprar bens básicos ou como imigrantes permanentes.
Segundo estimativas das autoridades colombianas, todos os dias 35 mil venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia por causa da crise que assola o país presidido por Nicolás Maduro. Muitos procuram remédios e bens essenciais, cada vez mais escassos na Venezuela, e grande parte procura estabelecer-se definitivamente na Colômbia.
Juan Manuel Santos avisou que o novo regime nos postos de controlo de entrada no país, que têm vindo a ser instalados cada vez em maior número nas zonas de fronteira pelas autoridades colombianas, não são um ato hostil, destinando-se a manter a ordem.
"Estes postos dão ordem e controle. E isso beneficia nacionais e estrangeiros", defendeu.
Entre as medidas adotadas pelo Governo colombiano para controlar a migração ilegal conta-se a suspensão de emissões dos chamados Cartões de Mobilidade Fronteiriça, usadas pelos moradores de regiões fronteiriças para cruzar os limites do país.
Foi ainda criado o Grupo Especial Migratório (GEM), para "reforçar o controle e a segurança" nas fronteiras e "garantir o respeito do espaço público".
Como parte das novas medidas, o Governo colombiano passou a emitir um documento que permite aos venezuelanos o acesso a determinados serviços públicos.
O Governo da Colômbia tinha já anunciado a abertura de abrigos temporários, destinados a acolher os venezuelanos que todos os dias cruzam a fronteira entre os dois países para fugirem à crise financeira na Venezuela.
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