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Políticos sem respostas para alunos de Parkland sobre controlo de armas

Os políticos do Capitólio estadual da Florida não deram hoje respostas concretas às perguntas sobre controlo de armas nos Estados Unidos formuladas pelos jovens da escola Stoneman Douglas, onde, em 14 deste mês, um ex-aluno matou 17 estudantes.

Políticos sem respostas para alunos de Parkland sobre controlo de armas
Notícias ao Minuto

19:23 - 21/02/18 por Lusa

Mundo EUA

Os alunos do liceu de Parkland, localizado a mais de 400 quilómetros de Tallahassee, tiveram uma receção calorosa, mas os políticos não se alargaram em considerações e até a proibição de armas de assalto, como a AR-15 usada no massacre na escola Stoneman Douglas, foi retirado pelo senado da lista dos temas a abordar.

Um sobrevivente no tiroteio, de 16 anos, questionou o presidente do Senado estadual, Joe Negron, sobre o facto de o autor dos disparos, Nikolas Cruz, ter-se munido de uma arma de assalto.

"Como é possível que um rapaz que nós conhecíamos como estando claramente perturbado conseguiu uma arma de assalto, de caráter militar, e foi à escola para nos tentar matar?", confrontou o estudante.

Joe Negron não respondeu diretamente, limitando-se a dizer que "esse é um problema que se está a rever".

Os jovens dividiram-se em vários grupos para o contacto com os políticos do Capitólio estadual da Florida, que reúne o Senado e a Câmara dos Representantes, sobre o controlo das armas, o processo legislativo e as questões de saúde mental.

Esta visita ao Capitólio da Florida antecede a manifestação de alunos em Washington, em 24 de março, designada "Marcha pelas nossas Vidas".

Os alunos da Stoneman Douglas, a que se juntaram outros estudantes de todo o país, estarão na manifestação na capital norte-americana para sensibilizar os legisladores a agirem com urgência para que não se repita outro tiroteio em escolas norte-americanas.

O tiroteio na escola de Parkland provocou também 14 feridos e Nikolas Cruz confessou o crime mais tarde.

Os alunos do liceu pensavam que quando o alarme soou se tratava de mais um simulacro de incêndio, idêntico ao que tinham feito horas antes.

Tal exercício tinha-os obrigado a deixar as salas mais cedo, logo, quando o alarme voltou a disparar na quarta-feira à tarde, pouco antes da hora de saída, voltaram a dirigir-se aos corredores.

Foi nessa altura que, segundo a polícia, Nikolas Cruz equipado com uma máscara de gás, granadas de fumo e várias revistas de munições, abriu fogo com uma arma semiautomática.

Foi o tiroteio mais mortal nas escolas do país desde que um homem armado atacou uma escola primária em Newtown, Connecticut, há mais de cinco anos.

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