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Militantes do SPD começaram hoje a votar acordo de coligação com CDU

O Partido Social-Democrata alemão (SPD) começou hoje a votar o acordo de coligação com os conservadores da chanceler Angela Merkel, uma consulta vinculativa que decorre até 2 de março.

Militantes do SPD começaram hoje a votar acordo de coligação com CDU
Notícias ao Minuto

15:05 - 20/02/18 por Lusa

Mundo Alemanha

Os 463.723 militantes do mais antigo partido alemão são convocados a responder "sim" ou "não" à pergunta: "Deve o SPD ratificar o pacto de governo negociado com a União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU)?".

A votação é feita por correspondência, até à meia-noite de 2 de março, e o resultado é anunciado a 4 de março.

A participação do SPD numa nova "grande coligação" com a CDU divide os sociais-democratas, razão que levou a direção a submeter o acordo ao voto dos militantes e que torna o resultado difícil de prever.

Se o acordo for rejeitado, as opções são a formação de um governo minoritário CDU/CSU ou a convocação de novas eleições.

A direção do partido conseguiu concessões importantes nas negociações com a CDU, desde logo a obtenção da pasta das Finanças e outras centrais para o centro-esquerda, como os Negócios Estrangeiros, o Trabalho ou Família.

Mas as bases estão muito divididas quanto à ideia de continuar a governar com Merkel porque muitos acreditam que as anteriores alianças com a política conservadora levaram o partido a perder a sua matriz de esquerda.

O líder da Juventude do SPD, Kevin Kühnert, lidera a contestação e defende uma viragem à esquerda, ao estilo dos trabalhistas britânicos, para recuperar o partido, que nas legislativas de 24 de setembro obteve a sua pior votação do pós-guerra (20,5%).

A tensão interna no partido levou nas últimas semanas a conflitos entre dirigentes que conduziram à demissão do líder, Martin Schulz, há menos de um ano à frente do SPD.

Por outro lado, a representatividade dos sociais-democratas está ameaçada pela extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD), que não só se tornou a terceira força política nas eleições de setembro como, numa sondagem divulgada na segunda-feira, surge à frente do SPD, com 16% contra 15,5%.

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