Sondagem coloca extrema-direita como segunda força na Alemanha
O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) situou-se hoje, pela primeira vez numa sondagem, como segunda força política do país, ultrapassando o Partido Social Democrata Alemão (SPD), que desde as eleições de setembro continua a perder apoio.
© Reuters
Mundo Alexander Gauland
A sondagem, divulgada hoje pelo jornal alemão Bild, estima que, caso se realizassem eleições gerais no próximo domingo, a AfD alcançaria 16% dos votos, acima dos 15,5% dos sociais-democratas, o nível mais baixo deste partido desde que se começou a realizar esta sondagem, em 2012.
Nas eleições de setembro passado, o SPD obteve cerca de 20,5% de votos -- o pior resultado em eleições federais -, enquanto a AfD conseguiu 12,6% dos votos, o que garantiu que pela primeira vez uma força de extrema-direita chegasse ao Bundenstag (câmara baixa alemã).
Por seu lado, o bloco conservador liderado pela chanceler alemã, Angela Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU) e o seu aliado bávaro, União Social-Cristã (CSU), alcançaria um apoio de 32%, segundo esta sondagem.
A seguir, mas ainda conseguindo lugares no parlamento, surgem os Verdes, com 13% dos votos; a Esquerda, com 11%, e o Partido Liberal, com 9%.
As sondagens mais recentes já tinham apontado para uma queda da popularidade do SPD e o progressivo avanço da extrema-direita na Alemanha.
Com os resultados desta última sondagem, os conservadores e os sociais-democratas não conseguiriam formar a grande coligação de governo que pretendem reeditar nesta legislatura.
A única combinação possível para formar um governo estável -- já que ninguém quer coligar-se com a AfD -- seria juntar conservadores, verdes e liberais, que obteria uns 54% de votos.
Essa foi a coligação que inicialmente se começou a negociar após as eleições de 24 de setembro do ano passado, uma tentativa frustrada ao fim de cinco semanas de contactos por diferenças irreconciliáveis entre as partes.
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