Bolívia rejeita converter Cimeira das Américas em instrumento de golpismo

O Presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou no sábado a tentativa de transformar a Cimeira das Américas num "instrumento de golpismo contra a Venezuela" devido à "obsessão intervencionista" do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump.

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Lusa
18/02/2018 07:10 ‧ 18/02/2018 por Lusa

Mundo

Evo Morales

"Rejeitamos que um grupo minoritário de países, direcionado pela obsessão intervencionista de Trump, queira transformar a Cimeira das Américas num instrumento de golpismo contra a Venezuela", escreveu Morales na sua conta da rede social Twitter.

O chefe de Estado boliviano salientou que "atacar um presidente eleito democraticamente é atacar um povo que o elegeu".

Por outro lado, Evo Morales observou que os Estados Unidos "justificam o seu plano golpista" contra a Venezuela com uma "suposta defesa da democracia", mas opõe-se à realização de eleições democráticas no país, previstas para 22 de abril.

O chefe de Estado considerou ainda que o que realmente preocupa os Estados Unidos da América é que a direita seja derrotada, acusando o secretário da Organização dos Estados Americanos e o ex-presidente boliviano Jorge Quiroga como "agentes" dos Estados Unidos.

A VIII Cimeira das Américas, que reúne os países do continente americano, realiza-se na capital peruana a 13 e 14 de abril. Além do Peru, os Estados Unidos e o Grupo de Lima (composto por 14 países da região) são contra a presença do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

O Governo peruano avisou na quinta-feira o Presidente da Venezuela de que não poderá entrar nem sobrevoar o espaço aéreo do Peru para participar na cimeira.

"Não pode entrar nem pela terra nem pelo céu. Não pode entrar porque não é bem-vindo", disse a primeira-ministra peruana, Mercedez Aráoz, à emissora Radio Programas del Peru, em resposta ao anúncio feito no mesmo dia pelo Presidente venezuelano de que irá à Cimeira "faça chuva ou faça sol" para "dizer a verdade" sobre a Venezuela.

Nicolás Maduro, no cargo desde 2013, é acusado de uma deriva autoritária que tem levado a uma tensão crescente nas relações do país com boa parte da comunidade internacional.

 

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