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Indonésia pede à UE para suavizar normas para o óleo de palma

A Indonésia, primeiro produtor mundial de óleo de palma, pede à União Europeia (UE) que abandone a aplicação de normas ambientais rigorosas para esta indústria, acusada de contribuir para a desflorestação, noticiou hoje a AFP.

Indonésia pede à UE para suavizar normas para o óleo de palma
Notícias ao Minuto

07:24 - 16/02/18 por Lusa

Mundo Produção

Segundo documentos obtidos pela agência, Jacarta apela a Bruxelas para que aplique as regras da Indonésia de desenvolvimento sustentável -- apesar das sérias preocupações quanto à sua credibilidade -- ao invés da certificação europeia, que é mais severa, proposta em abril último.

Estes documentos estão carimbados com a inscrição "não destinados a publicação" e para distribuição apenas para "necessidade de saber".

A UE e a Indonésia, a maior economia do sudeste asiático, estão atualmente num ciclo de negociações sobre trocas comerciais estimadas em 35 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros) por ano.

Um quarto e provável último ciclo negocial toca diversos domínios, incluindo investimentos e propriedade intelectual, e começa na segunda-feira.

Todos os anos na Indonésia, os incêndios, a maioria para limpar e fertilizar o solo, de forma a aumentar as plantações de óleo de palma, destroem centenas de milhares de hectares de floresta.

No país, apenas uma minoria das plantações respeita atualmente as normas locais relativamente flexíveis para a exploração de óleo de palma, um setor estratégico na Indonésia que contribui grandemente para as exportações.

A Indonésia e a Malásia, país vizinho igualmente grande produtor de óleo de palma, protestaram recentemente contra um projeto do Parlamento Europeu que visa interditar este óleo em biocombustíveis a partir de 2021.

Os dois países sustentam que uma interdição destas terá graves repercussões nas comunidades rurais que vivem da exploração de óleo de palma, que está presente em numerosos produtos, incluindo biscoitos e indústria cosmética, mas a sua produção contribui para a desmatação das zonas tropicais e ameaçam espécies como o tigre de Sumatra e o orangotango.

Além da alteração das normas, a Indonésia exorta, ainda, a União Europeia a eliminar as mensagens relativas ao óleo de palma consideradas negativas por Jacarta e com campanhas que contm informações "falaciosas" sobre a saúde ou o ambiente.

A utilização do óleo de palma em áreas como a alimentação ou os cosméticos está a diminuir na Europa, resultado sobretudo da pressão de grupos ambientalistas sobre grandes empresas, mas aumentou no domínio dos biocombustíveis.

O ministro indonésio do Comércio e representantes da UE recursaram comentar as informações constantes nos documentos a que a AFP teve acesso.

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